segunda-feira, 29 de novembro de 2010

130 - DOIS ANOS NO CAMINHO!


"O CAMINHO DO JUSTO É TODO PLANO; O SENHOR RETAMENTE PESA SEU ANDAR” (Isaías 26: 7)

A exatos dois anos passados fortes ventos revelariam em meio a dunas de areias escaldantes de um imenso deserto, um caminho a ser trilhado pelos justos.

Diz à tradição que quando a arca da aliança do SENHOR era deslocada de um lugar para outro, todo monte, outeiro, montanha, abismo e imperfeições do caminho eram aplainados para que o povo de DEUS pudesse viajar sem estorvo.

Foi daí que surgiu a idéia do nome CAMINHO PLANO, um blog a serviço de CRISTO o verdadeiro e único caminho perfeito e plano que conduz ao PAI.

"PREPARAI O CAMINHO AO POVO; APLAINAI, APLAINAI A ESTRADA, LIMPAI-A DAS PEDRAS; ARVORAI A BANDEIRA AOS POVOS”.(Isaías 62: 10)

Nós do CAMINHO esperamos sinceramente que durante estes dois anos, tenhamos podido aplainar ainda mais os caminhos de nossos amados irmãos através de postagens que buscaram sempre trazer o amor do verdadeiro evangelho de CRISTO.

Que DEUS abençoe abundantemente a cada amado irmão que visita, que dá uma olhada de vez em quando, que acompanha regularmente, aos que colaboram direta e indiretamente com este humilde espaço;

Enfim, a todos aqueles que divulgam e amam a palavra de DEUS, que persistem em anunciar o evangelho da verdade a toda a criatura em meio a estas tempestades de areias heréticas que tem nos assolado nestes últimos dias.

QUE O JUSTO CONTINUE A SE MANIFESTAR!

Contem sempre conosco.

Fraternalmente irmão Odair Mercham Junior.

Que Deus abençoe a todos.

"O MEU PÉ ESTÁ POSTO EM CAMINHO PLANO; NAS CONGREGAÇÕES LOUVAREI AO SENHOR”(Salmos 26: 12)




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domingo, 21 de novembro de 2010

129 - PORQUE SEMPRE PARECE QUE JESUS ESTÁ DEMORANDO?


“ORA, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.

Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?

E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; ara que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade “. (2Tessalonicenses 2.1-12)”.



Alguns irmãos em Tessalônica pensavam que o Dia do Senhor já havia chegado.

“E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto;os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns”. (2Timóteo 2.17-18).


Como eles tinham chegado a pensar que o fim estava tão próximo?

Os irmãos estavam sendo perseguidos.

“Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que na Judéia estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles” (1Ts 2.14)


Eram assaltados por tribulações.

“Para que ninguém se comova por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos ordenados, pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis.

Portanto, não podendo eu também esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho viesse a ser inútil”. (1Ts 3.3-5).


As pessoas que se opunham a eles são mencionadas como dignas da condenação, na volta de Jesus.

“De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais; prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1.4-8).

Os tessalonicenses pensavam que sua tragédia doméstica determinaria a postura universal de Deus, ou seja, eles pensavam que suas tribulações locais eram sinal de que o plano mundial de Deus iria se cumprir em breve.

Eles achavam que seus problemas pessoais eram determinantes para interpretar os tempos e as épocas em que os planos de Deus se cumpririam.

O mesmo ocorre hoje em dia, quando pessoas vêem coisas terríveis acontecendo, tragédias, perseguições e acidentes e tomam estas coisas como “sinais dos tempos” para a vinda de Jesus.

Como se o destino eterno da humanidade dependesse do que ocorre no “meu quintal!”

Paulo vai corrigir estes erros mostrando que algumas coisas ainda deveriam ocorrer antes da volta de Jesus, ou seja, há coisas maiores e piores acontecendo.

Não é para imaginar que os problemas locais de Tessalônica fossem a chave para compreender tudo o que vai ocorrer.

É preciso lembrar das seguintes coisas ao compreender este texto:

A LINGUAGEM É APOCALÍPTICA


“Homem da iniqüidade” e “filho da perdição” são hebraísmos que podem ser traduzidos “o iníquo” e “o que vai ser destruído”, respectivamente.

A descrição do v.4 é apoiada em Daniel 11.36 e representa um típico inimigo do povo de Deus.

“E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito”.


No livro de Daniel, o homem que cumpriu historicamente a profecia chamava-se Antioco Epifânio, certo rei grego da Síria.

“Matar com o sopro na boca” vem do texto simbólico de Isaías 11.4:

“Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com eqüidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio”.



E foi usado também em Apocalipse 1.16; 2.16; 19.15,21:

“E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece”.

“Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca”.

“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”.

“E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes”
.

Descreve a ação divina que vence o inimigo apenas com sua palavra poderosa.

NÃO TEMOS TODAS AS INFORMAÇÕES DO CONTEXTO HISTÓRICO

Paulo menciona no v.5 o fato de já haver instruído a igreja sobre o “homem da iniqüidade”.

Desconhecemos este ensino.

Também no v.6 pressupõe que eles sabiam quem era “aquele que o detém”. Nós não sabemos.

Muitas vezes temos que reconhecer que temos o texto das epístolas, mas não temos as palavras de explicação pessoal que o apóstolo tinha dado às igrejas.

“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”. (2Tessalonicenses 2.15).

Temos que admitir nossa ignorância de certos assuntos.

OS CRISTÃOS ESPERAVAM O CUMPRIMENTO DE CERTAS PROFECIAS DE JESUS E DO VELHO TESTAMENTO

É óbvio que a futura destruição de Jerusalém estava na mente dos obreiros cristãos do primeiro século.

“Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que na Judéia estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles, os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido; e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens, e nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim”. (1Tessalonicenses 2.14-16).

É necessário ver a aplicação das profecias de Daniel com respeito à abominação desoladora:

“Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados?”

“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora”.

“E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias”. (Daniel 8.13; 11.31; 12.11)


Que primariamente aplicam-se a Antioco Epifânio, encaixando-se nos imperadores romanos.

O livro de Daniel faz isto.

“Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor”. (Daniel 9.17 – aqui se aplica a Roma.)


Vejamos Mateus 24.15: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda”.

E Lucas 21.20: “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação”.

As profecias de Daniel 7 sobre o quarto animal e o último chifre são usadas em Apocalipse 13 e 17, com respeito a Roma imperial.

O que queremos afirmar é que: é possível que as profecias que ainda precisam cumprir-se antes do dia do Senhor, sejam exatamente estas.

Portanto, o que Paulo diz não será algo muito diferente do que Jesus já havia afirmado, e que todos os cristãos conheciam.

CUIDADO COM ALARMES FALSOS (1-2)

O Erro: Dizer que o dia da volta de Jesus estava presente.

O engano estava sendo promovido por um ou vários dos modos a seguir:

1º - Espírito: Um “profeta falso” arrogando inspiração profética.

2º - Palavra: Algo do ensino de algum professor, talvez até de Paulo.

3º - Epístola: Talvez alguém afirmasse ter recebido novas informações de Paulo, por carta. Talvez uma carta falsa. (vejamos 2Tessalonicenses 3.15: “Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe”.)

O Problema: Os irmãos estavam perturbados, e estavam saindo da verdade em pensamento e em conduta.

Eles achavam que suas tribulações eram sinais de uma grande comoção mundial um falso profeta poderia aproveitar isto para o mal.

Todo falso ensino que marca datas para a volta de Jesus é perigoso.

OS ANTECEDENTES À VINDA DE JESUS (3-10)

Paulo fala de coisas que antecederão a vinda de Jesus e que são de efeito mundial, para mostrar aos Tessalonicenses que o que ocorre com eles, em casa, não é base para qualquer raciocínio sobre a época da volta de Jesus.

Paulo não está contrariando Jesus, marcando uma data para a volta de Jesus.

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai”. (Mt 24.36).

Paulo não está dando “sinais dos tempos”.

Ele só está mostrando que muitas outras coisas ainda estão por vir e que os Tessalonicenses não devem se abalar pelos acontecimentos do seu dia a dia.

Em resumo ele dirá: “Não, o dia do Senhor não chegou!”

Há coisas terríveis para acontecer, como já disse a vocês.

Coisas bem maiores do que os problemas locais de vocês.

Portanto, cuidem-se".


Embora este resumo possa parecer pouco, é o que todo este capítulo 2 quer promover.

Os dois elementos que são anteriores à volta de Jesus são:

APOSTASIA e O INÍQUO (1-4)

Eles não são eventos isolados, mas conjuntos, pois O INÍQUO promove a APOSTASIA, que é rebelião contra Deus.

Estes dois elementos vão juntos e referem-se à mesma situação.

O texto não diz que estes eventos devem ocorrer imediatamente antes da vinda de Jesus, mas simplesmente antes.

Isto significa que podem ter ocorrido no primeiro século e, portanto, a vinda de Jesus não precisa agora ser retardada por mais nada que não seja a misericórdia de Deus.

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. (2Pedro 3.9).


Se o texto estivesse dizendo (como alguns afirmam) que isto ocorreria imediatamente antes da vinda de Jesus, então seria possível prever a data da volta de Jesus!!!

Mas não é possível!

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai”. (Marcos 13.32)

Portanto, a idéia exposta anteriormente é a melhor.

O INÍQUO, no original, pode ter características de uma pessoa ou de uma organização (no grego: masculino ou neutro).

Sua descrição:

Homem da iniqüidade – pessoa que desobedece a lei de
Deus.

Filho da perdição – como Judas, destinado a ser perdido, no inferno.

“Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome.

Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse”. (João 17.12)

Adversário contra Deus – cuja descrição é inspirada em Antioco Epifânio.

E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito”. (Daniel 11.36).

Assemelha-se com a Besta de Apocalipse 13.4, 12-15:

“E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?”

“E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.

E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.

E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.

E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.
E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada”.

E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.

E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.

E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”.


Que requer adoração, como Deus.

Quer ser adorado – a descrição de sentar-se no templo é simbólica.

Nenhum templo específico está em vista, mas o desejo de adoração.

Esta é a APOSTASIA e rebelião que ele promove.

Ele será destruído, é o que diz o v. 8:

E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”

No presente Momento: “E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado”.(6-7)


O mistério da iniqüidade (o trabalho oculto do mal terrível) já estava operando e trabalhando, fermentando tudo para sua futura atuação.

Algo ou alguém estava segurando a situação e impedindo o aparecimento do iníquo.

“Aquele que o detém” mantinha o mundo de Paulo naquele momento sem o despontar deste mal.

Mas em um dia “aquele que o detém” seria tirado, como se a porta fosse aberta; então o iníquo iria agir.

Haveria uma ocasião própria para tudo isto ocorrer.

Revelação e Atuação: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem”. (8-10)

Após o afastamento daquele que o detém ele viria a público.Faria falsos milagres.

Note que não são verdadeiros milagres, pois se assim fosse, não poderíamos afirmar e provar que os que fizeram verdadeiros milagres eram homens de Deus.

Enganando especialmente os que não são cristãos.

Os cristãos não se enganam com falso ensino e nem com falsos milagres.

PRINCÍPIOS IMPORTANTES (11-12)

O erro vem para condenar definitivamente os que não querem seguir a verdade do evangelho.

Quem quer erro, vai tê-lo.

Com Deus não haverá meio termo: ficaremos com Cristo ou com o iníquo.

O dia do Senhor será precedido por: APOSTASIA e O INÍQUO.

O dia do Senhor não ocorrerá por causa de nossa impressão pessoal sobre os tempos e os acontecimentos.

O dia do Senhor ocorrerá depois das coisas que Deus estava esperando acontecerem.

A iniqüidade já estava atuando no mundo daquela época.

O iníquo e a apostasia não haviam se manifestado pela atuação restritiva “daquele que o detém”.

Um dia “aquele que o detém” seria tirado.

O iníquo atuará contra Deus, fazendo-se de “deus” e promoverá a apostasia.

A destruição dele é associada com a volta de Jesus, mas não significa que ele esteja vivo na terra antes da volta de Jesus.

Vejamos que em 2Tessalonicenses 1.5-10:

“Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)”.

Fala que na vinda de Jesus ele iria punir os que perseguiram a igreja de Tessalônica, porém certamente aqueles perseguidores não estão vivos até hoje aguardando a vinda de Jesus para serem destruídos.

A linguagem do v. 8 descreve a característica do iníquo: ele será destruído por Jesus na sua vinda e não à época de sua atuação (antes de Jesus vir).

Para os irmãos de Tessalônica, a compreensão de que o fim dos tempos envolveria problemas e dificuldades bem mais universais do que a opressão local que eles estavam sentindo era um aprendizado necessário.

As tribulações locais pelas quais eles passavam (2 Ts 1.4,6) não eram
o sinal do fim.

“De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais.

“Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam”


Ninguém devia aumentar o significado de sua situação particular e pessoal.

Um plano divino maior e mais abrangente deveria ocorrer e o fim dos tempos não se perceberá pela avaliação de nossa própria visão particular do mundo, mas pela visão de Deus, da qual ninguém compartilha e nem pode compartilhar.

APLICAÇÃO HISTÓRICA - QUEM É O INÍQUO? QUEM É “AQUELE QUE O DETÉM?”

Interpretação em harmonia com Jesus, Daniel e João (Apocalipse):

O INÍQUO – é o imperador DOMICIANO e os imperadores que perseguiram a igreja (talvez Nero deva ser incluído).

O QUE O DETÉM – é o atual Império Romano (atual para Paulo), que não discernia bem os judeus e os cristãos e que, por causa disto, não fazia mal para a igreja.

Esta interpretação leva em conta: Daniel 7 ainda precisava cumprir-se, e, portanto, Paulo estaria pensando no último chifre do quarto animal.

Que seria o imperador Domiciano que perseguiria a igreja.

Jesus fez a identificação de Roma com a abominação assoladora de Daniel, e, portanto, entre os imperadores romanos estariam sendo revestidos, no futuro, de uma postura como a de Antioco Epifânio.

“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda” (Mateus 24.15).

João, no Apocalipse, fala da primeira besta, que é o Império Romano, e especialmente o Imperador Domiciano, como alguém que se opõe a Deus e que exige adoração.

Depois a besta é derrotada por Jesus.

Mas isto não é o fim do mundo. [Lembre, contudo, que nesta época o Apocalipse de João nem tinha sido escrito ainda].

Paulo esperava tempos angustiosos para seus dias, embora não vinculasse estes tempos angustiosos com qualquer data para a volta de Jesus.

“Tenho, pois, por bom, por causa da instante necessidade, que é bom para o homem o estar assim”. (1Coríntios 7.26).

Portanto, parece melhor supor esta identificação.

Outras interpretações:

O INÍQUO - Perseguição judaica, papas, satanás, Roma, princípio da iniqüidade e o anticristo.

AQUELE QUE O DETÉM - Governo Romano, igreja pura, Espírito Santo,judaísmo,evangelho e os atuais governos do mundo

Não posso ver como nenhuma destas interpretações poderia fazer sentido para os leitores de Tessalonicenses.

A segunda interpretação tem sido sustentada por muitos.

A objeção fatal contra ela é que a volta de Cristo ficaria retardada até cerca do século V ou VI, quando a hierarquia romana conseguiu se estabelecer e os primeiros papas surgiram.

Toda a informação bíblica afirma que a volta de Cristo já era iminente no primeiro século

Tudo que era necessário ocorrer para que Cristo volte já ocorreu.

Não temos mais o que esperar.

Aqueles que acham que tem muito tempo para converter-se podem estar incorrendo em um engano fatal.

Cristo pode vir a qualquer momento.

Nossa avaliação dos tempos difíceis não devem nos enganar.

Não são os nossos problemas que determinam os tempos de Deus.

Ele é soberano e controla a história.

No momento certo, ele irá agir e cumprir seu propósito para conosco.



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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domingo, 14 de novembro de 2010

128 - O QUE OCORRERÁ NA VINDA DE JESUS?


“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.

Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.

Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.

Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis. (1Tessalonicenses 4.13 - 5.11)



A expectativa da vinda de Jesus tem ocupado a mente dos seus discípulos desde a ascensão de Jesus.

“E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.

E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco.

Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”(Atos 1.9-11).


O desejo de ver a vinda de Jesus é algo bom, mas devemos ficar precavidos contra os erros doutrinários que os homens tem adicionado a este ensino.

Nesta postagem veremos que a vinda de Jesus marca o fim da nossa vida humana na terra, pois ocorrerá a ressurreição dos santos e a condenação dos injustos.


NÃO DEVEMOS IGNORAR ESTE ASSUNTO (13)


Era um dos assuntos básicos no ensino cristão.

“Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno” (Hebreus 6.1-2)

A expressão dormir é usada no lugar de morrer.

“Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também”.


“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (1Coríntios 15.6,20)


Não significa que ficamos inconscientes na morte, pois mesmo dormindo (morrendo) estamos vivos com Cristo (veja 5.10).

A expressão “dormir” pressupõe o “acordar”, na ressurreição geral dos homens.

A ignorância da doutrina da ressurreição gera desesperança aquela que existe no mundo, entre aqueles que não tem esperança da vida porvir.

“Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo”.(Efésios 2.12)



NOSSA CONFIANÇA DE RESSURREIÇÃO ESTÁ EM CRISTO (14)


Um dos pontos básicos e fundamentais da fé cristã é a ressurreição de Jesus.


“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.

“Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos”.

“Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Romanos 10.9; 14.9; 1.4)

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.

“Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?” (1Coríntios 15.3,4, 12).



A ressurreição de Jesus é a prova e a garantia de nossa própria ressurreição.

“E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita”. (Romanos 8.11).


Temos a forte e inabalável convicção de que Jesus morreu e ressuscitou, e, portanto, os que morreram em Cristo, serão trazidos juntamente com Cristo, vivos na volta dele.


VAMOS TODOS ESTAR COM CRISTO (15-18)


O ensino de Paulo sobre a ressurreição estava baseado nas palavras de
Jesus (15)

A idéia é que os mortos não perderão nada em relação aos vivos.

Nem todos morrerão antes da vinda de Jesus.

Haverá uma ordem na sucessão dos acontecimentos onde primeiramente acontecerá a ressurreição dos mortos e depois a transformação dos que ficaram vivos.

“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (1Coríntios 15.52).


Desta forma, os que morreram não vão “perder” nada na volta de Jesus. Quem garante isso é o próprio Jesus.


A ORDEM DOS ACONTECIMENTOS (16-17)


É aqui onde Paulo provavelmente cita com mais cuidado algumas expressões de Jesus.

“E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem”.

“E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. (Mateus 24.39,31)

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz”. (João 5.28).


1º - Palavra de ordem de Jesus – o comando da ação.

2º - A voz do arcanjo – a participação das hostes celestiais

“Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado”.(2 Tessalonicenses 1.7).

3º - A trombeta de Deus – simbolizando, como no Velho Testamento, a presença de Deus; “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (1Coríntios 15.52); também associada com a ressurreição.

4º - Jesus descerá dos céus – “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”. (1Tessalonicenses 1.10)

5º - Os mortos vão ressurgir. [trata-se da ressurreição de todos, justos e injustos, embora o texto trate apenas dos cristãos].

6º - Os vivos (transformados – “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. 1Coríntios 15.52) e os mortos ressurretos vão ser arrebatados e se encontrarão com Jesus nos ares.

Alguns textos sobre arrebatados – “E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do Senhor te tomasse, não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu, teu servo, temo ao Senhor desde a minha mocidade”. (Reis 18.12)

“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.

E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe).

Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar “. (2Coríntios 12.2-4)

“E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho”. (Atos 8.39)



NOTA: Os defensores da doutrina de um arrebatamento secreto da igreja usam o vocábulo “arrebatados”, do texto de 1 Tessalonisenses 4.17 , fora do seu contexto.

”Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.

Ensinam que haverá um “sumiço” misterioso do povo de Deus, quando na verdade, a idéia que este texto bíblico transmite é de um evento completamente visível e do qual todos participam.

O povo de Cristo vai estar para sempre com ele e não vai retornar para a terra para reinar aqui por 1.000 anos.

Não há nada secreto neste texto, mas algo que ninguém vai perder.

7º - Depois disto já não haverá alterações de nosso estado.

Estaremos para sempre com o Senhor.


"Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.

Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?

Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?"(João 14.8-9)
.


O MOTIVO DO ENSINO (18)


O motivo era o de consolar os cristãos vivos que pensavam que os que haviam morrido perderiam a recompensa final.

Por esta razão, o texto não fala muito dos incrédulos, mas por outros textos do Novo Testamento podemos saber que:

1º - Os incrédulos serão ressurretos juntamente conosco.

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”. (João 5.28 – 29)

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. (Daniel 12.2).



2º - Os incrédulos não serão arrebatados para estar com Jesus; “Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. (Mateus 24.40-41), já revelando, neste momento, a separação definitiva e final dos justos e dos injustos.

3º -
Os incrédulos serão castigados e atribulados na vinda de Jesus e serão eternamente afastados de Deus e de Jesus, após o juízo final.

“Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)”. (2Tessalonicenses 1.6-10)

Isto ocorre ao mesmo tempo em que os cristãos serão aliviados (7), na presença de Jesus, glorificando-o (10).


A OCASIÃO DA RESSURREIÇÃO GERAL (5.1-3)


Deus controla os tempos e as épocas.

“E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação”.(Atos 17.26).

Só Deus sabe a hora e dia do retorno de Jesus.

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai”. (Mateus 24.36).

Jesus disse que viria como ladrão, ou seja, de modo inesperado.


“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.

Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.

Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis”. (Mateus 24.42-44)

“Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa”.(Lucas 12.39)

“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão”. (2Pedro 3.10)

“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”.

“Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas”. (Apocalipse 3.3; 16.15).



A coisa mais certa que podemos saber sobre a volta de Cristo é a impossibilidade de marcar sua data.

A incerteza da data é certeza.

Duas atitudes são erradas sobre a volta de Jesus:

1ª - Tentar prever.

“Disse então ele: Vede não vos enganem, porque virão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu, e o tempo está próximo. Não vades, portanto, após eles”. (Lucas 21.8)

“E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”.(Atos 1.7).



2ª - Tentar negar.


“E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”. (2Pedro 3.4) – Era isto que diziam os falsos profetas.

“E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”. (Jeremias 6.14; 8.11)


Já estamos nos últimos dias “A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. (Hebreus 1.2), e até mesmo na última hora “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora”. (1João 2.18).


FICANDO ALERTA PARA A VOLTA DE JESUS (5.4-11)


Na volta de Jesus, o contraste entre a igreja e o mundo ficará evidente:

MUNDO - IGREJA
Trevas (4-5) - Luz (5)
Noite (7) - Dia (5,8)
Dormindo (6) - Vigiando (6,10)
Embriagues (7) - Sobriedade (6)
IRA (9) - SALVAÇÃO (8-9)

A vigilância e sobriedade do cristão se vê pela armadura com a qual está vestido e da qual nunca se separa (8).

Couraça – fé e amor (os atos)

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (1Coríntios 13.13)

Capacete – esperança da salvação (a atitude)

“Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai”.(1Tessalonicenses 1.3)


“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Efésios 6.14-17)


O propósito de Deus é salvar (9-10).

Assim sendo, quer neste mundo (vigiando), quer no mundo além (dormindo – agora com o sentido de morte física), viveremos em união com Cristo.

O propósito deste ensino é o consolo e edificação da igreja. Maranata! (11)


Concluindo,o grande consolo da igreja é saber que nunca perde.

Se estivermos vivos quando Cristo voltar, seremos arrebatados para estar com ele.

Se já tivermos morrido, seremos os primeiros a ser trazidos com ele a este mundo.

Com Cristo, nada se perde, tudo é glorificado!



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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domingo, 7 de novembro de 2010

127 - JESUS REINARÁ POR MIL ANOS NESTE MUNDO?



“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

Satanás é solto, e depois vencido para sempre.

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.

E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.

E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”


Nesta postagem iremos analizar o significado do texto bíblico de Apocalipse capítulo 20 versículo 1 ao 10 citado acima , que é um dos textos mais difíceis da Escritura.

A dificuldade, contudo, não reside no texto em si, mas sim na “sobrecarga” de doutrinas e questões que este texto é forçado (contra sua intenção e sentido originais) a responder.

Antes de verificarmos o texto é necessário entender certos princípios de interpretação do livro de Apocalipse.


O LIVRO É SIMBÓLICO


É um aspecto evidente, mas que é constantemente esquecido no estudo do livro.

Por exemplo, as descrições de Jesus em Apocalipse 1.12-20:


“E virei-me para ver quem falava comigo.

E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.

E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.

E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;

E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer; o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro.

As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”


Em Apocalipse 5.5- 6:


“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.

E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.”



E em Apocalipse 19.11-16:


“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.

E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.

E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.

E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.

E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.”



São completamente diferentes.


Se o livro fosse literal, haveria contradição.

De fato, se o livro fosse literal, a descrição de Jesus seria a de uma monstruosidade.

Quando analizamos Apocalipse 20, devemos lembrar que o quadro é altamente simbólico.

O alvo do simbolismo do livro é impressionar: dar ânimo aos cristãos através de imagens que ultrapassam a razão, mas que dão razão à fé que eles sustentam em face da perseguição.

A mensagem do apocalipse, se escrita em prosa ou em linguagem comum não conseguiria impressionar tão bem os leitores quanto o uso de símbolos e de imagens.


O LIVRO É DE CONSOLO AOS PERSEGUIDOS


Os livros apocalípticos são escritos geralmente em épocas de opressão e de perseguição.

O propósito desta literatura é o de mostrar a vitória dos oprimidos pelo poder de Deus.

Desta forma, as pessoas que melhor entenderiam o livro de Apocalipse são os cristãos antigos.

Os símbolos e as coisas descritas no livro eram conhecidas por eles.

É por esta razão que não devemos imaginar que João escreveu somente sobre o que aconteceria em um futuro distante (Século Vinte e Um?!).

Ele escreveu sobre “as coisas que em breve devem acontecer” (Apocalipse 1.1; 22.6).


A maior parte do livro já se cumpriu.

O “milênio”, que vamos analizar, já começou.

Só faltam poucas coisas para o cumprimento final de tudo.


O LIVRO TEM UM CONTEXTO HISTÓRICO


A besta é o Império Romano e o seu imperador, especialmente DOMICIANO.

Os cristãos estão sendo perseguidos por não adorar o imperador.

O livro de Apocalipse mostra que Deus vai julgar estes inimigos do povo de Deus.

A meretriz, descrita no capítulo 17, é Roma, a cidade que governa o mundo daquele tempo.

Não podemos esquecer que os leitores originais do livro no primeiro século poderiam compreender a mensagem do livro.

A besta era um personagem do seu tempo.


CONTEXTO


Nos capítulos 12 e 13 são apresentados os três inimigos do Povo de Deus: o dragão, a besta e o falso profeta.

O dragão é o diabo.

A besta (que vem do mar) é o Império Romano liderado por seus imperadores

O falso profeta (foi chamado a besta que vem da terra) era a religião romana que ordenava a todos que adorassem a imagem dos imperadores romanos.

Nos capítulos 14 a 19, especialmente no 19, observa-se a derrota dos dois últimos inimigos: a besta e o falso profeta, que após sua derrota, foram lançados vivos no lago que arde com fogo e enxofre (19.20).

Ou seja, a primeira vitória dos cristãos será ver, já na história, o julgamento divino contra o Império e a religião falsa de culto ao imperador.

No capítulo 20 observa-se a vitória contra o dragão, o Diabo, em duas etapas: a primeira por seu aprisionamento por 1000 anos na mesma época em que a besta e o falso profeta foram derrotados; a segunda etapa, após os 1000 anos, é a sua derrota total e ele também é lançado no lago de fogo e enxofre (20.10).

Ou seja, os cristãos vencem não apenas no âmbito da história, mas também na dimensão espiritual da existência humana: na luta contra os principados e potestades (Ef 6.10-12) eles vencem o diabo, pelo poder de Jesus.

Na parte final do livro descreve-se o destino celestial dos santos (Ap 21-22).

Assim sendo, Apocalipse 20 deve ser entendido como a descrição simbólica do que aconteceu e acontecerá entre a queda da Besta (IMPÉRIO ROMANO) e a destruição do diabo (SEGUNDA VINDA DE JESUS).

Portanto, o que ocorre no chamado “milênio” é algo que ocorre dentro da nossa “Era Cristã” e não uma etapa posterior desta história.


A PRISÃO DO DIABO POR UM LONGO TEMPO (Apocalipse 20.1-3)


O texto é simbólico e trata da limitação do último inimigo do povo de Deus.

Corrente nenhuma pode prender um demônio – a linguagem é simbólica.

O diabo já estava sendo limitado pela obra de Cristo.


“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.

Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?” (Mateus12.28-29)



“Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem;

Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura em que confiava, e reparte os seus despojos.” (Lucas 11.21-22.)




Esta parábola fala do fato de Jesus ser mais poderoso que o diabo e, pela expulsão dos demônios, estar vencendo o diabo.

A pregação do evangelho tem este efeito de derrota no reino de satanás.


“E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.” (Lucas 10.18).


Portanto, podemos dizer que o diabo está com o seu poder de enganar as nações limitado por um tempo longo e indeterminado.

Os 1000 anos são simbólicos ou tudo terá de ser igualmente literal (o que seria ridículo!).

O diabo ainda tem algum poder, mas atualmente, está limitado.

Após o longo tempo da era cristã (1000 anos – simbolicamente), o diabo terá o poder que tinha antes e por pouco tempo terá o propósito de oprimir o povo de Deus.


A VITÓRIA DOS FIÉIS A DEUS (Apocalipse 20 4-6)


Os fiéis que morreram são vistos em tronos de juízes.

Eles que foram mortos pelos imperadores e pelos poderosos, agora são os juizes da besta, do falso profeta e do diabo.


“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?

Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1Coríntios 6.2-3).



Talvez também esteja sendo feita a menção do juízo final de Deus que será apresentado depois: assim os fiéis também julgarão os incrédulos naquela ocasião.


“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.

E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.

E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”
(Apocalipse 20.11-15).



Os fiéis a Deus estão vitoriosos. As características deles são:

1ª - São almas (como em Apocalipse 6.9: ” E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.”) – são mortos.

Portanto, a “primeira ressurreição” é algo apenas para as almas e não para ressurretos.

2ª - Tinham sido decapitados. Só os mártires, os fiéis e vencedores do livro de Apocalipse.

3ª - Não tinham adorado a besta – nem sua imagem.

4ª - Não tinham recebido a marca da besta – certificado de adoração ao Imperador.

5ª -
Tinham vivido e reinado com Cristo por 1000 anos (esta é a primeira ressurreição).

Todos os verbos no versículo 4 estão no mesmo tempo grego, ou seja, o aoristo.

Os outros mortos que não são cristãos não participaram desta vitória, que é chamada de “a primeira ressurreição”. (Apocalipse 20.5)

O versículo 6 explica a primeira ressurreição:

Aqueles que dela participam são bem-aventurados e são santos.

Aqueles que dela participam não serão condenados na segunda morte.


“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.(Apocalipse 20.15).


“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte”.(Apocalipse 2.11).


Aqueles que dela participam são sacerdotes e estão reinando (Na verdade, o povo de Deus já reina com Cristo na terra).


“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra.

Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.”(Apocalipse 1.5-6)



“Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”.(Apocalipse 3.21)



“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.(Apocalipse 5.9-10).


Portanto, a primeira ressurreição é o privilégio dos mártires de estar imediatamente com Cristo após sua morte.

Eles não foram derrotados pelos perseguidores, mas são colocados em tronos, e reinam com Deus e com Cristo por todo o tempo em que o diabo fica preso e derrotado.

A primeira ressurreição é espiritual [simbólica], ou seja, as almas “não ressurretas” dos mártires reinando com Jesus.

A segunda ressurreição, que não é mencionada no Apocalipse, seria a ressurreição física [literal] de todos os homens.


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (Jo 5.28-29).



A segunda morte é espiritual [simbólica], ou seja, é o inferno eterno.

A primeira morte, que não é mencionada no Apocalipse seria a morte física [literal] pela qual passam os cristãos perseguidos e todos os homens ao deixarem esta vida.

Assim, o Apocalipse só menciona os elementos simbólicos [espirituais] e nunca os literais [físicos]:

[1ª morte] = literal não mencionada

2ª morte = simbólica mencionada

1ª ressurreição = simbólica mencionada

[2ª ressurreição] = literal não mencionada


O Apocalipse, como livro simbólico, fala de elementos simbólicos que representam a derrota dos inimigos de Deus (segunda morte) e que representam a vitória do povo de Deus, aparentemente derrotado pelo martírio (a primeira ressurreição).

Assim, quando os inimigos tentaram matar os discípulos de Jesus, somente os fizeram “ressuscitar com Cristo”, como reis, na primeira ressurreição.

Depois e terem sofrido um pouco, reinarão para sempre!

Esta é a mensagem por trás do “milênio”.

Os discípulos de Jesus são “mais que vencedores”, pois mesmo mortos, vivem e reinam!

Na igreja da época pós-apostólica, havia uma forte crença que os mártires, os que morriam pela fé, obtinham um privilégio de maior intimidade com Deus e com Cristo no além.

Por causa disto, houve muitos literalmente correndo para o martírio, desejando este privilégio.

De onde eles tiraram esta idéia de que os mártires têm algum privilégio no além?

Provavelmente de Apocalipse 20.4-6:


“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.”


Não queremos dizer que sua interpretação e aplicação da mensagem estava certa, pois ninguém deve buscar o martírio, mas estamos citando isto para mostrar que numa época muito próxima à redação deste livro, os cristãos entenderam esta promessa como algo que dizia respeito apenas aos mártires.

Note que as almas dos mortos por causa de Cristo estão em tronos celestiais, e não na terra (4).

Nada aqui se passa na terra. Não se menciona um reino na terra.

Não se fala de intervenção nos poderes políticos deste mundo.

O “milênio” é a vitória espiritual dos mártires, de âmbito espiritual, e que não tem nenhuma referência terrestre, a não ser o fato de ser posterior à queda do império romano.

Contudo, mesmo isto não pode ser tomado cronologicamente.

Em suma, a visão mostra que, apesar de mortos, o povo de Deus está vivo e vitorioso com Cristo.

NOTA: Uma outra interpretação entende que a primeira ressurreição é o BATISMO, que nos dá a vida eterna e nos livra da segunda morte.

O batismo ou a conversão é a primeira ressurreição mencionada em João 5.24-25:


“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.

Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.”


A ressurreição física dos mortos, a segunda ressurreição, é mencionada em João 5.28-29:


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”


Assim, existe um paralelo entre Apocalipse 20.6 6: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” e João 5.24-25.



Embora esta interpretação seja interessante, não faz sentido como declaração de derrota dos perseguidores da igreja.



A DESTRUIÇÃO FINAL DO DIABO (Apocalipse 7-10)


Este texto expressa em linguagem simbólica o contínuo desejo de satã de destruir a igreja.

Revela mais seu caráter maligno e incorrigível, que justifica sua punição, do que um evento ou sinal dos tempos.

No fim, ele vai tentar novamente destruir o povo de Deus, mas não vai conseguir.

Não passará de uma tentativa. Não adianta tentar fazer disto um sinal dos tempos, pois Jesus já disse que não há mais sinais.

Tudo está pronto para a volta de Jesus.

O diabo será completamente vencido, e assim, reunido no inferno eterno com os outros dois grandes inimigos do povo de Deus: a besta e o falso profeta.


Concluindo, o texto deve ser interpretado à luz do ensino claro do Novo Testamento de que há somente uma ressurreição.


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (João 5.28-29)




“E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno”.(Hebreus 6.2)


“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (1Tessalonicenses 4.13-18)



Até mesmo Daniel 12.2:


“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.


O texto tem paralelos com Daniel 7, que fala do estabelecimento do Reino coma derrota do quarto animal (que representa o Império Romano).


Portanto, a vitória dos mártires com Cristo (milênio) começou na época do Império Romano.

O texto tem paralelos com Apocalipse 11, onde as testemunhas “ressuscitam”da perseguição e são elevados ao céu.

É o modo simbólico de mostrar que apesar da perseguição e “quase morte”, a igreja vai ressurgir e vencer a sua perseguidora, que é Roma (Apocalipse 11.3-14, especialmente 11-12).

Estamos na época cristã: os inimigos foram vencidos e os mártires estão reinando com Cristo.

O milênio simbólico do Apocalipse é a garantia que os cristãos nunca perdem:

Se estão vivos, reinam com Cristo, se estão mortos, reinam também!



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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| 29/11/2008 |