quarta-feira, 23 de abril de 2014

256 - OS EVANGELHOS SÃO VERDADE IROS? 2ª PARTE



A DESCOBERTA DO CODEX SINAITICUS

Em 1844, o estudioso alemão Constantine Tischendorf estava procurando manuscritos do Novo Testamento.

Acidentalmente, ele percebeu um cesto cheio de páginas velhas na biblioteca do monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai.

O estudioso alemão ficou eufórico e chocado.

Ele nunca havia visto manuscritos gregos tão antigos.

Tischendorf perguntou ao bibliotecário sobre os papéis e ficou surpreso ao descobrir que as páginas haviam sido descartadas para serem usadas como combustível.

Dois cestos daqueles papéis já haviam sido queimados!

O entusiasmo de Tischendorf deixou os monges desconfiados, e eles não quiseram lhe mostrar outros manuscritos.

No entanto, eles deixaram que Tischendorf  levasse as 43 páginas que havia descoberto.

15 anos depois, Tischendorf  voltou ao monastério de Sinai, desta vez com a ajuda do Czar russo Alexandre II.

Uma vez lá, um monge levou Tischendorf até seu quarto e lhe mostrou um manuscrito envolto em tecido que havia sido armazenado em uma prateleira com xícaras e louças.

Tischendorf imediatamente reconheceu as valorosas partes restantes dos manuscritos que havia visto anteriormente.

O monastério aceitou dar o manuscrito como presente ao czar russo, como protetor da igreja grega.

Em 1933, a União Soviética vendeu o manuscrito ao Museu Britânico por £100.000.

O Codex Sinaiticus é um dos primeiros manuscritos completos do Novo Testamento que temos, e está entre os mais importantes.

Alguns especulam que ele é uma das 50 Bíblias que o imperador Constantino encomendou para a preparação de Eusébio no início do século IV.

O Codex Sinaiticus tem sido um enorme auxílio para os estudiosos na verificação da precisão do Novo Testamento.

TESTE DE EVIDÊNCIA INTERNA

Assim como bons detetives, os historiadores verificam a confiabilidade observando pistas internas.

Essas pistas revelam as motivações dos autores e sua disponibilidade para revelar detalhes e outros aspectos que podem ser verificados.

As principais pistas internas que esses estudiosos usam para testar a confiabilidade são:

- Consistência dos relatos das testemunhas oculares
- Detalhes dos nomes, locais e eventos
- Cartas para indivíduos ou grupos pequenos
- Aspectos embaraçosos para os autores
- A presença de material irrelevante ou não produtivo
- falta de material relevante. -  J. P. Moreland,  Escalando a cidade secular (Grand Rapids: Baker, 2000), 134-157.

Vamos usar como exemplo o filme Friday Night Lights.

O filme é supostamente baseado em eventos históricos mas, assim como em muitos filmes livremente baseados em fatos reais, você fica constantemente perguntando “as coisas aconteceram assim mesmo?” Então, como você determinaria sua confiabilidade histórica?

Uma pista seria a presença de material irrelevante.

No meio do filme, o técnico, sem motivo aparente, recebe uma chamada telefônica informando que sua mãe tem câncer no cérebro.

O evento não tem relação com o enredo e nunca é mencionado novamente.

A única explicação para a presença desse fato irrelevante seria que ele realmente ocorreu e que o diretor desejava ser historicamente preciso.

Outro exemplo do mesmo filme.

Seguindo o fluxo dramático, queremos que o Permian Panthers vença o campeonato estadual.

Mas eles não vencem.

Isso parece não ser produtivo para o drama, e imediatamente descobrimos que o fato está lá porque, na vida real, o Permian perdeu o jogo. A presença de material não produtivo também é uma pista para a precisão histórica.

Por fim, o uso de cidades reais e pontos de referência familiares, como Houston Astrodome, nos leva a considerar como históricos esses elementos da história, porque eles são muito fáceis de corroborar ou de falsificar.

Existem poucos exemplos de como a evidência interna aproxima ou afasta a conclusão de que um documento é historicamente confiável.

Analisaremos brevemente a evidência interna da historicidade do Novo Testamento.

Diversos aspectos do Novo Testamento nos ajudam a determinar sua historicidade com base em seu próprio conteúdo e qualidades.

CONSISTÊNCIA

Documentos inexatos ou deixam de fora relatos de testemunhas oculares ou são inconsistentes.

Por isso, claras contradições entre os Evangelhos provariam que eles contêm erros.

Mas, ao mesmo tempo, se todo Evangelho dissesse exatamente a mesma coisa, isso levantaria suspeitas de conspiração.

Seria como conspiradores tentando concordar em cada detalhe de um esquema.

O excesso de consistência é tão duvidoso quanto a falta.

Testemunhas oculares de um crime ou incidente geralmente percebem corretamente os eventos significativos, mas os veem a partir de perspectivas diferentes.

Da mesma forma, os quatro Evangelhos descrevem os eventos da vida de Jesus de diferentes perspectivas.

Ainda assim, independentemente dessas perspectivas, estudiosos da Bíblia se surpreendem com a consistência dos relatos e com a clara imagem de Jesus e de seus ensinamentos que esses relatos complementares compõem.

DETALHES

Historiadores adoram detalhes em um documento porque eles facilitam a verificação da confiabilidade.

As cartas de Paulo são repletas de detalhes.

E os Evangelhos estão cheios deles.

Por exemplo, tanto o Evangelho de Lucas como o seu Livro de Atos foram escritos para um nobre chamado Teófilo, que era sem dúvida um indivíduo muito conhecido na época.

Se esses escritos tivessem sido meras invenções dos apóstolos, a inexatidão de nomes, locais e eventos teria rapidamente sido apontada por seus inimigos, como os líderes judeus e romanos.

Isso teria sido o escândalo de Watergate do século I.

Além disso, muitos detalhes do Novo Testamento foram confirmados por verificações independentes.

O historiador clássico Colin Hemer, por exemplo, “identifica 84 fatos nos últimos 16 capítulos dos Atos que foram confirmados por pesquisa arqueológica”. - Citado em Geisler and Turek, 256.

Nos séculos anteriores, estudiosos céticos da Bíblia questionaram a autoria de Lucas e sua datação, afirmando que os escritos eram do século II e de um autor desconhecido.

O arqueólogo Sir William Ramsey estava convencido de que estavam certos e começou a investigar. Após uma extensa pesquisa, o arqueólogo mudou sua opinião.

Ramsey cedeu, “Lucas é um historiador de primeira classe. … Este autor pode ser colocado entre os grandes historiadores. … A história de Lucas goza de respeito e confiabilidade insuperáveis”. - Citado em McDowell, 61.

Os Atos contam as viagens missionárias de Paulo, listando os locais que ele visitou, as pessoas que viu, as mensagens que transmitiu e a perseguição que sofreu.

Seria possível falsificar todos esses detalhes

O historiador romano A. N. Sherwin-White escreveu que “a confirmação da historicidade dos Atos é claríssima. … A partir de agora, qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica será um absurdo. Os historiadores romanos já haviam aceitado isso como fato há muito tempo”. - Citado em McDowell, 64.

Dos relatos do Evangelho até as cartas de Paulo, os autores do Novo Testamento descreveram abertamente detalhes, chegando a citar nomes de indivíduos que viveram na época.

Os historiadores confirmaram pelo menos 30 desses nomes.- Geisler and Turek, 269.

CARTAS PARA GRUPOS PEQUENOS

A maioria dos textos forjados é de documentos de natureza geral e pública, como este artigo de revista (sem dúvidas, incontáveis falsificações já estão circulando no mercado negro).

O especialista em História Louis Gottschalk observa que cartas pessoais destinadas a públicos pequenos têm alta probabilidade de serem confiáveis. - J. P. Moreland, 136-137.

Em qual categoria os documentos do Novo Testamento se encaixam?

Bem, alguns deles tinham claramente a finalidade de serem amplamente distribuídos. Ainda assim, grandes partes do Novo Testamento consistem em cartas pessoais escritas para pequenos grupos e indivíduos. Esses documentos, no mínimo, não seriam considerados grandes candidatos à falsificação.
Aspectos embaraçosos

A maioria dos escritores não quer ser constrangido em público.

Por isso, os historiadores têm observado que documentos contendo revelações embaraçosas sobre os autores geralmente são confiáveis.

O que os autores do Novo Testamento disseram sobre si mesmos?

Surpreendentemente, todos os autores do Novo Testamento se apresentavam como frequentemente tolos, covardes e descrentes.

Por exemplo, considere a tripla negação de Pedro a Jesus ou a discussão dos discípulos sobre qual deles era o melhor - ambas as histórias registradas nos Evangelhos.

Uma vez que o respeito aos apóstolos era crucial na igreja primitiva, a inclusão desse tipo de material não indica outra coisa, senão que os apóstolos eram verdadeiros em seus relatos. - Geisler and Turek, 276.

Em A História da Civilização, Will Durant escreveu sobre os apóstolos, “esses homens dificilmente eram do tipo que seria escolhido para remodelar o mundo. Os Evangelhos diferenciavam seus caracteres de forma realista, e expunha abertamente suas falhas”. - Durant, 563.

MATERIAL NÃO PRODUTIVO OU IRRELEVANTE

Os Evangelhos nos contam que a tumba vazia de Jesus foi descoberta por uma mulher embora, em Israel, o testemunho de mulheres fosse considerado praticamente sem valor e não fosse nem mesmo admitido em julgamentos.

Existem registros de que a mãe e a família de Jesus acreditavam que ele havia perdido a razão.

Diz-se que algumas das últimas palavras de Jesus na cruz foram “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” 

E por aí vai a lista de incidentes registrados no Novo Testamento que não seriam produtivos se a intenção do autor fosse algo diferente da transmissão precisa da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo.

FALTA DE MATERIAL RELEVANTE

É irônico (e talvez lógico) que alguns dos maiores problemas enfrentados pela igreja do primeiro século - missões em gentios, dádivas espirituais, batismo, liderança - tenham sido abordados diretamente nas palavras registradas de Jesus.

Se seus seguidores estivessem simplesmente gerando o material para incentivar o crescimento da igreja, não seria possível explicar por que eles não teriam forjado instruções de Jesus sobre essas questões.

Em um caso, o apóstolo Paulo afirmou claramente sobre um determinado assunto “Sobre isto não temos ensinamento do Senhor”.

TESTE DE EVIDÊNCIA EXTERNA

A terceira e última medida da confiabilidade de um documento é o teste de evidência externa, que questiona “os registros históricos externos ao Novo Testamento confirmam sua confiabilidade?” 

Portanto, o que os historiadores não cristãos dizem sobre Jesus Cristo?

“De forma geral, pelo menos 17 escritos não cristãos registram mais de 50 detalhes relacionados à vida, aos ensinamentos, à morte e à ressurreição de Jesus, além de detalhes relativos à igreja primitiva.” - Gary R. Habermas, “Por que acredito que o Novo Testamento é historicamente confiável,” Por que eu sou um cristão, eds Norman L. Geisler & Paul K. Hoffman (Grand Rapids, MI: Baker, 2001), 150.

Isso é impressionante, considerando a falta de outros dados históricos deste período.

Jesus é mencionado por mais fontes do que as conquistas de César durante o mesmo período.

O que impressiona ainda mais é o fato de que essas confirmações dos detalhes do Novo Testamento datam de 20 a 150 anos depois de Cristo, “o que é bastante cedo, considerando os padrões da historiografia antiga”. - Ibid.

A confiabilidade do Novo Testamento é adicionalmente embasada por mais de 36 mil documentos cristão fora da Bíblia (citações de líderes da igreja dos primeiros três séculos) datados de 10 anos após o último escrito do Novo Testamento). - Ibid.

Se todas as cópias do Novo Testamento fossem perdidas, seria possível reproduzi-las a partir dessas outras cartas e documentos, com exceção de alguns poucos versos. - Metzger, 86.

O professor emérito da Boston University, Howard Clark Kee, conclui que “o resultado da avaliação das fontes externas ao Novo Testamento relacionadas… ao nosso conhecimento de Jesus confirma sua existência histórica, seus poderes incomuns, sua devoção aos seus seguidores, a continuação da existência do movimento após sua morte… e a penetração do Cristianismo na própria Roma no final do primeiro século”. - Citado em McDowell, 135.

Assim, o teste de evidência externa se soma às evidências fornecidas pelos outros testes.

Apesar da suposição de alguns céticos radicais, o retrato que o Novo Testamento oferece do Jesus Cristo real é praticamente à prova de máculas.

Embora haja alguns dissidentes, como o Seminário de Investigação sobre Jesus, o consenso dos especialistas, independentemente de suas crenças religiosas, confirma que o Novo Testamento que lemos hoje representa fielmente tanto as palavras como os eventos da vida de Jesus.

Clark Pinnock, professor de interpretação no McMaster Divinity College, resumiu bem ao dizer “não existe nenhum documento do mundo antigo testemunhado por um conjunto de depoimentos textuais e históricos tão excelentes. … Uma pessoa honesta não pode desconsiderar uma fonte desse tipo. O ceticismo relacionado às credenciais históricas do Cristianismo tem uma base irracional”. - Citado em Josh McDowell, O Fator de Ressurreição (San Bernardino, CA: Here’s Life Publishers, 1981), 9.

JESUS VOLTOU MESMO DOS MORTOS?

A grande questão do nosso tempo é “quem é o verdadeiro Jesus Cristo”? Ele foi somente um homem excepcional ou ele era mesmo Deus feito carne como Paulo, João e os outros discípulos acreditavam?

As testemunhas de Jesus Cristo realmente falaram e agiram como se acreditassem que ele fisicamente se ergueu dentre os mortos após sua crucificação.

Se eles estivessem errados, o cristianismo teria se baseado em uma mentira.

Mas se estivessem certos, tal milagre confirmaria tudo o que Jesus disse sobre Deus, sobre si mesmo e sobre nós.

Devemos aceitar a ressurreição de Jesus Cristo somente pela fé ou existe evidência histórica sólida?

Muitos céticos começaram investigações sobre os registros históricos para provar que os registros da ressurreição são falsos.

O que eles descobriram?

Na próxima postagem veremos as evidências da declaração mais fantástica feita - a ressurreição de Jesus Cristo!

Até lá.


Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br


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2 comentários :

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| 29/11/2008 |