quarta-feira, 23 de abril de 2014

256 - OS EVANGELHOS SÃO VERDADE IROS? 2ª PARTE



A DESCOBERTA DO CODEX SINAITICUS

Em 1844, o estudioso alemão Constantine Tischendorf estava procurando manuscritos do Novo Testamento.

Acidentalmente, ele percebeu um cesto cheio de páginas velhas na biblioteca do monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai.

O estudioso alemão ficou eufórico e chocado.

Ele nunca havia visto manuscritos gregos tão antigos.

Tischendorf perguntou ao bibliotecário sobre os papéis e ficou surpreso ao descobrir que as páginas haviam sido descartadas para serem usadas como combustível.

Dois cestos daqueles papéis já haviam sido queimados!

O entusiasmo de Tischendorf deixou os monges desconfiados, e eles não quiseram lhe mostrar outros manuscritos.

No entanto, eles deixaram que Tischendorf  levasse as 43 páginas que havia descoberto.

15 anos depois, Tischendorf  voltou ao monastério de Sinai, desta vez com a ajuda do Czar russo Alexandre II.

Uma vez lá, um monge levou Tischendorf até seu quarto e lhe mostrou um manuscrito envolto em tecido que havia sido armazenado em uma prateleira com xícaras e louças.

Tischendorf imediatamente reconheceu as valorosas partes restantes dos manuscritos que havia visto anteriormente.

O monastério aceitou dar o manuscrito como presente ao czar russo, como protetor da igreja grega.

Em 1933, a União Soviética vendeu o manuscrito ao Museu Britânico por £100.000.

O Codex Sinaiticus é um dos primeiros manuscritos completos do Novo Testamento que temos, e está entre os mais importantes.

Alguns especulam que ele é uma das 50 Bíblias que o imperador Constantino encomendou para a preparação de Eusébio no início do século IV.

O Codex Sinaiticus tem sido um enorme auxílio para os estudiosos na verificação da precisão do Novo Testamento.

TESTE DE EVIDÊNCIA INTERNA

Assim como bons detetives, os historiadores verificam a confiabilidade observando pistas internas.

Essas pistas revelam as motivações dos autores e sua disponibilidade para revelar detalhes e outros aspectos que podem ser verificados.

As principais pistas internas que esses estudiosos usam para testar a confiabilidade são:

- Consistência dos relatos das testemunhas oculares
- Detalhes dos nomes, locais e eventos
- Cartas para indivíduos ou grupos pequenos
- Aspectos embaraçosos para os autores
- A presença de material irrelevante ou não produtivo
- falta de material relevante. -  J. P. Moreland,  Escalando a cidade secular (Grand Rapids: Baker, 2000), 134-157.

Vamos usar como exemplo o filme Friday Night Lights.

O filme é supostamente baseado em eventos históricos mas, assim como em muitos filmes livremente baseados em fatos reais, você fica constantemente perguntando “as coisas aconteceram assim mesmo?” Então, como você determinaria sua confiabilidade histórica?

Uma pista seria a presença de material irrelevante.

No meio do filme, o técnico, sem motivo aparente, recebe uma chamada telefônica informando que sua mãe tem câncer no cérebro.

O evento não tem relação com o enredo e nunca é mencionado novamente.

A única explicação para a presença desse fato irrelevante seria que ele realmente ocorreu e que o diretor desejava ser historicamente preciso.

Outro exemplo do mesmo filme.

Seguindo o fluxo dramático, queremos que o Permian Panthers vença o campeonato estadual.

Mas eles não vencem.

Isso parece não ser produtivo para o drama, e imediatamente descobrimos que o fato está lá porque, na vida real, o Permian perdeu o jogo. A presença de material não produtivo também é uma pista para a precisão histórica.

Por fim, o uso de cidades reais e pontos de referência familiares, como Houston Astrodome, nos leva a considerar como históricos esses elementos da história, porque eles são muito fáceis de corroborar ou de falsificar.

Existem poucos exemplos de como a evidência interna aproxima ou afasta a conclusão de que um documento é historicamente confiável.

Analisaremos brevemente a evidência interna da historicidade do Novo Testamento.

Diversos aspectos do Novo Testamento nos ajudam a determinar sua historicidade com base em seu próprio conteúdo e qualidades.

CONSISTÊNCIA

Documentos inexatos ou deixam de fora relatos de testemunhas oculares ou são inconsistentes.

Por isso, claras contradições entre os Evangelhos provariam que eles contêm erros.

Mas, ao mesmo tempo, se todo Evangelho dissesse exatamente a mesma coisa, isso levantaria suspeitas de conspiração.

Seria como conspiradores tentando concordar em cada detalhe de um esquema.

O excesso de consistência é tão duvidoso quanto a falta.

Testemunhas oculares de um crime ou incidente geralmente percebem corretamente os eventos significativos, mas os veem a partir de perspectivas diferentes.

Da mesma forma, os quatro Evangelhos descrevem os eventos da vida de Jesus de diferentes perspectivas.

Ainda assim, independentemente dessas perspectivas, estudiosos da Bíblia se surpreendem com a consistência dos relatos e com a clara imagem de Jesus e de seus ensinamentos que esses relatos complementares compõem.

DETALHES

Historiadores adoram detalhes em um documento porque eles facilitam a verificação da confiabilidade.

As cartas de Paulo são repletas de detalhes.

E os Evangelhos estão cheios deles.

Por exemplo, tanto o Evangelho de Lucas como o seu Livro de Atos foram escritos para um nobre chamado Teófilo, que era sem dúvida um indivíduo muito conhecido na época.

Se esses escritos tivessem sido meras invenções dos apóstolos, a inexatidão de nomes, locais e eventos teria rapidamente sido apontada por seus inimigos, como os líderes judeus e romanos.

Isso teria sido o escândalo de Watergate do século I.

Além disso, muitos detalhes do Novo Testamento foram confirmados por verificações independentes.

O historiador clássico Colin Hemer, por exemplo, “identifica 84 fatos nos últimos 16 capítulos dos Atos que foram confirmados por pesquisa arqueológica”. - Citado em Geisler and Turek, 256.

Nos séculos anteriores, estudiosos céticos da Bíblia questionaram a autoria de Lucas e sua datação, afirmando que os escritos eram do século II e de um autor desconhecido.

O arqueólogo Sir William Ramsey estava convencido de que estavam certos e começou a investigar. Após uma extensa pesquisa, o arqueólogo mudou sua opinião.

Ramsey cedeu, “Lucas é um historiador de primeira classe. … Este autor pode ser colocado entre os grandes historiadores. … A história de Lucas goza de respeito e confiabilidade insuperáveis”. - Citado em McDowell, 61.

Os Atos contam as viagens missionárias de Paulo, listando os locais que ele visitou, as pessoas que viu, as mensagens que transmitiu e a perseguição que sofreu.

Seria possível falsificar todos esses detalhes

O historiador romano A. N. Sherwin-White escreveu que “a confirmação da historicidade dos Atos é claríssima. … A partir de agora, qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica será um absurdo. Os historiadores romanos já haviam aceitado isso como fato há muito tempo”. - Citado em McDowell, 64.

Dos relatos do Evangelho até as cartas de Paulo, os autores do Novo Testamento descreveram abertamente detalhes, chegando a citar nomes de indivíduos que viveram na época.

Os historiadores confirmaram pelo menos 30 desses nomes.- Geisler and Turek, 269.

CARTAS PARA GRUPOS PEQUENOS

A maioria dos textos forjados é de documentos de natureza geral e pública, como este artigo de revista (sem dúvidas, incontáveis falsificações já estão circulando no mercado negro).

O especialista em História Louis Gottschalk observa que cartas pessoais destinadas a públicos pequenos têm alta probabilidade de serem confiáveis. - J. P. Moreland, 136-137.

Em qual categoria os documentos do Novo Testamento se encaixam?

Bem, alguns deles tinham claramente a finalidade de serem amplamente distribuídos. Ainda assim, grandes partes do Novo Testamento consistem em cartas pessoais escritas para pequenos grupos e indivíduos. Esses documentos, no mínimo, não seriam considerados grandes candidatos à falsificação.
Aspectos embaraçosos

A maioria dos escritores não quer ser constrangido em público.

Por isso, os historiadores têm observado que documentos contendo revelações embaraçosas sobre os autores geralmente são confiáveis.

O que os autores do Novo Testamento disseram sobre si mesmos?

Surpreendentemente, todos os autores do Novo Testamento se apresentavam como frequentemente tolos, covardes e descrentes.

Por exemplo, considere a tripla negação de Pedro a Jesus ou a discussão dos discípulos sobre qual deles era o melhor - ambas as histórias registradas nos Evangelhos.

Uma vez que o respeito aos apóstolos era crucial na igreja primitiva, a inclusão desse tipo de material não indica outra coisa, senão que os apóstolos eram verdadeiros em seus relatos. - Geisler and Turek, 276.

Em A História da Civilização, Will Durant escreveu sobre os apóstolos, “esses homens dificilmente eram do tipo que seria escolhido para remodelar o mundo. Os Evangelhos diferenciavam seus caracteres de forma realista, e expunha abertamente suas falhas”. - Durant, 563.

MATERIAL NÃO PRODUTIVO OU IRRELEVANTE

Os Evangelhos nos contam que a tumba vazia de Jesus foi descoberta por uma mulher embora, em Israel, o testemunho de mulheres fosse considerado praticamente sem valor e não fosse nem mesmo admitido em julgamentos.

Existem registros de que a mãe e a família de Jesus acreditavam que ele havia perdido a razão.

Diz-se que algumas das últimas palavras de Jesus na cruz foram “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” 

E por aí vai a lista de incidentes registrados no Novo Testamento que não seriam produtivos se a intenção do autor fosse algo diferente da transmissão precisa da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo.

FALTA DE MATERIAL RELEVANTE

É irônico (e talvez lógico) que alguns dos maiores problemas enfrentados pela igreja do primeiro século - missões em gentios, dádivas espirituais, batismo, liderança - tenham sido abordados diretamente nas palavras registradas de Jesus.

Se seus seguidores estivessem simplesmente gerando o material para incentivar o crescimento da igreja, não seria possível explicar por que eles não teriam forjado instruções de Jesus sobre essas questões.

Em um caso, o apóstolo Paulo afirmou claramente sobre um determinado assunto “Sobre isto não temos ensinamento do Senhor”.

TESTE DE EVIDÊNCIA EXTERNA

A terceira e última medida da confiabilidade de um documento é o teste de evidência externa, que questiona “os registros históricos externos ao Novo Testamento confirmam sua confiabilidade?” 

Portanto, o que os historiadores não cristãos dizem sobre Jesus Cristo?

“De forma geral, pelo menos 17 escritos não cristãos registram mais de 50 detalhes relacionados à vida, aos ensinamentos, à morte e à ressurreição de Jesus, além de detalhes relativos à igreja primitiva.” - Gary R. Habermas, “Por que acredito que o Novo Testamento é historicamente confiável,” Por que eu sou um cristão, eds Norman L. Geisler & Paul K. Hoffman (Grand Rapids, MI: Baker, 2001), 150.

Isso é impressionante, considerando a falta de outros dados históricos deste período.

Jesus é mencionado por mais fontes do que as conquistas de César durante o mesmo período.

O que impressiona ainda mais é o fato de que essas confirmações dos detalhes do Novo Testamento datam de 20 a 150 anos depois de Cristo, “o que é bastante cedo, considerando os padrões da historiografia antiga”. - Ibid.

A confiabilidade do Novo Testamento é adicionalmente embasada por mais de 36 mil documentos cristão fora da Bíblia (citações de líderes da igreja dos primeiros três séculos) datados de 10 anos após o último escrito do Novo Testamento). - Ibid.

Se todas as cópias do Novo Testamento fossem perdidas, seria possível reproduzi-las a partir dessas outras cartas e documentos, com exceção de alguns poucos versos. - Metzger, 86.

O professor emérito da Boston University, Howard Clark Kee, conclui que “o resultado da avaliação das fontes externas ao Novo Testamento relacionadas… ao nosso conhecimento de Jesus confirma sua existência histórica, seus poderes incomuns, sua devoção aos seus seguidores, a continuação da existência do movimento após sua morte… e a penetração do Cristianismo na própria Roma no final do primeiro século”. - Citado em McDowell, 135.

Assim, o teste de evidência externa se soma às evidências fornecidas pelos outros testes.

Apesar da suposição de alguns céticos radicais, o retrato que o Novo Testamento oferece do Jesus Cristo real é praticamente à prova de máculas.

Embora haja alguns dissidentes, como o Seminário de Investigação sobre Jesus, o consenso dos especialistas, independentemente de suas crenças religiosas, confirma que o Novo Testamento que lemos hoje representa fielmente tanto as palavras como os eventos da vida de Jesus.

Clark Pinnock, professor de interpretação no McMaster Divinity College, resumiu bem ao dizer “não existe nenhum documento do mundo antigo testemunhado por um conjunto de depoimentos textuais e históricos tão excelentes. … Uma pessoa honesta não pode desconsiderar uma fonte desse tipo. O ceticismo relacionado às credenciais históricas do Cristianismo tem uma base irracional”. - Citado em Josh McDowell, O Fator de Ressurreição (San Bernardino, CA: Here’s Life Publishers, 1981), 9.

JESUS VOLTOU MESMO DOS MORTOS?

A grande questão do nosso tempo é “quem é o verdadeiro Jesus Cristo”? Ele foi somente um homem excepcional ou ele era mesmo Deus feito carne como Paulo, João e os outros discípulos acreditavam?

As testemunhas de Jesus Cristo realmente falaram e agiram como se acreditassem que ele fisicamente se ergueu dentre os mortos após sua crucificação.

Se eles estivessem errados, o cristianismo teria se baseado em uma mentira.

Mas se estivessem certos, tal milagre confirmaria tudo o que Jesus disse sobre Deus, sobre si mesmo e sobre nós.

Devemos aceitar a ressurreição de Jesus Cristo somente pela fé ou existe evidência histórica sólida?

Muitos céticos começaram investigações sobre os registros históricos para provar que os registros da ressurreição são falsos.

O que eles descobriram?

Na próxima postagem veremos as evidências da declaração mais fantástica feita - a ressurreição de Jesus Cristo!

Até lá.


Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br


*VISITE TAMBÉM:
LOUVE! - https://www.facebook.com/grupolouve?ref=profile VALE A PENA. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger... Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 5 de abril de 2014

255 - OS EVANGELHOS SÃO VERDADE IROS? 1ª PARTE


Os Evangelhos do Novo Testamento são a testemunha ocular da verdadeira história de Jesus Cristo, ou a história pode ter sido mudada ao longo dos anos?

Devemos simplesmente aceitar os relatos do Novo Testamento de Jesus pela fé, ou existem evidências de sua confiabilidade?

Peter Jennings, âncora do ABC News, esteve em Israel transmitindo um programa de TV especial sobre Jesus Cristo.

Seu programa, The Search for Jesus (A Busca por Jesus), explorou a questão sobre se o Jesus do Novo Testamento tinha precisão histórica.

Jennings apresentou opiniões sobre os relatos do Evangelho do professor da DePaul University, John Dominic Crossan, de três colegas de Crossan do Seminário de Investigação sobre Jesus, e de dois outros estudiosos da Bíblia. (O Seminário de Investigação sobre Jesus é um grupo de estudiosos que debate as palavras e ações registradas de Jesus e, de acordo com jesusseminar.org, "O Seminário Jesus foi organizada sob os auspícios do Instituto Westar para renovar a busca do Jesus histórico. No encerramento do debate sobre cada item da agenda, os bolsistas do voto Seminário, usando miçangas coloridas para indicar o grau de autenticidade das palavras ou ações de Jesus. ")

Alguns dos comentários foram impressionantes.

No programa de TV nacional, o Dr. Crossan não apenas lançou dúvida sobre mais de 80% das declarações de Jesus como também negou a divindade, os milagres e a ressurreição atribuídos a Jesus.

Jennings ficou claramente intrigado pela imagem de Jesus apresentada por Crossan.

A busca pela verdadeira história da Bíblia sempre é notícia, motivo pelo qual todo ano as revistas Time e Newsweek trazem uma matéria de capa sobre Maria, Jesus, Moisés e Abraão. Ou - quem sabe?- talvez a matéria deste ano seja “Bob: a história não contada do 13º discípulo desconhecido”.

Trata-se de entretenimento e, portanto, a investigação nunca terminará nem renderá respostas, pois isso acabaria com o assunto para o futuro.

Em vez disso, pessoas com opiniões radicalmente diferentes são reunidas como em um episódio de Survivor, embaralhando a questão em vez de trazer mais clareza.

Mas o relatório de Jennings enfocou um aspecto que merece ser levado a sério.

Crossan afirmou que os relatos originais de Jesus foram embelezados pela tradição oral e não haviam sido escritos até depois da morte dos apóstolos.

Assim, eles seriam altamente não confiáveis e não poderiam nos oferecer uma imagem precisa do verdadeiro Jesus.

Como saberemos se isso realmente é verdade?

PERDIDOS NA TRADUÇÃO?

Então, o que as evidências mostram

Começamos com duas perguntas simples:

Quando foram escritos os documentos originais do Novo Testamento? 

E quem os escreveu?

 A importância dessas perguntas é óbvia.

Se os relatos de Jesus foram escrito após a morte das testemunhas oculares, ninguém pôde confirmar sua precisão.

Mas se os relatos do Novo Testamento foram sido escritos enquanto os apóstolos originais ainda estavam vivos, sua autenticidade poderia ser estabelecida.

Pedro poderia se defender de uma falsa afirmação atribuída a ele dizendo, “Ei, não escrevi isso”.

E Mateus, Marcos, Lucas e João poderiam responder a perguntas ou desafios relacionados aos seus relatos sobre Jesus.

Os autores do Novo Testamento afirmaram terem sido testemunhas oculares dos relatos de Jesus.

O apóstolo Pedro declarou o seguinte em uma carta:

“Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2 Pedro 1:16 NLT).

Uma grande parte do Novo Testamento é composta pelas 13 cartas de Paulo para jovens da igreja.

As cartas de Paulo, datadas da metade dos anos 40 e da metade dos anos 60 (anos 12 a 33 depois de Cristo), constituem as primeiras testemunhas da vida e dos ensinamentos de Jesus.

Will Durant escreveu sobre a histórica importância das cartas de Paulo: 

“A evidência cristã de Cristo começa com as cartas atribuídas a Paulo. … Ninguém questionou a existência de Paulo, ou seus repetidos encontros com Pedro, Thiago e João; e Paulo admitia enciumadamente que esses homens haviam conhecido pessoalmente o Cristo.” - Will DurantCésar e Cristo, vol. 3 A História da Civilização (New York: Simon & Schuster, 1972), 555.

MAS SERÁ QUE É VERDADE?
 
Em livros, revistas e documentários da TV, o Seminário de Investigação sobre Jesus sugere que os Evangelhos foram escritos entre os anos 130 a 150 d.C. por autores desconhecidos.

Se essas datas estiverem corretas, haveria uma lacuna de aproximadamente 100 anos após a morte de Cristo (estudiosos situam a morte de Jesus entre os anos 30 e 33 d.C.).

E, uma vez que todas as testemunhas oculares estariam mortas, os Evangelhos só poderiam ter sido escritos por autores desconhecidos, fraudulentos.

Portanto, quais evidências temos em relação a quando os relatos do Evangelho de Jesus foram realmente escritos?

O consenso da maioria dos estudiosos é que os Evangelhos foram escritos por apóstolos durante o primeiro século.

Eles mencionam diversas razões que serão analisadas mais adiante neste artigo.

Por enquanto, observe no entanto que três formas iniciais de evidência parecem criar uma base sólida para as conclusões deles:

- Documentos primitivos de hereges como Marcião e a escola de Valentino mencionando livros, temas e passagens do Novo Testamento.

- Numerosos escritos de fontes primitivas do Cristianismo, como do Clemente de Roma, Ignácio e Policarpo.

- Descoberta de cópias de fragmentos do Evangelho com verificação de carbono datada de 117 d.C

O arqueólogo bíblico William Albright concluiu, na base de sua pesquisa, que todos os livros do Novo Testamento foram escritos enquanto a maioria dos apóstolos ainda estava viva. - Josh McDowall, A nova evidência que exige Veredicto (Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1999), 38.

Segundo ele, “Já podemos afirmar enfaticamente que não existe mais nenhuma base sólida para atribuir a data de qualquer livro a depois de 80 d.C., ou seja, duas gerações inteiras antes da data entre 130 e 150 d.C., dada pelos críticos atuais mais radicais do Novo Testamento”. - William F. Albright Descobertas recentes em Terras Bíblicas (New York: Funk & Wagnalls, 1955), 136.

Em outro ponto, Albright situa a escrita de todo o Novo Testamento “provavelmente entre 50 d.C. e 75 d.C.” - William F. Albright, “Em direção a uma visão mais conservadora,” Christianity Today, January 18, 1993, 3.

O estudioso John A. T. Robinson, notoriamente cético, atribui ao Novo Testamento uma data anterior àquela afirmada até mesmo pelos estudiosos mais conservadores.

Em Redating the New Testament (A Redatação do Novo Testamento), Robinson afirma que a maior parte do Novo Testamento foi escrita entre 40 d.C. e 65 d.C.

Isso significa que ele teria sido escrito 7 anos após o período em que Cristo viveu. -  John A. T. Robinson, A redatação do Novo de testamento, citado em Norman L. Geisler and Frank Turek, “Eu não tenho fé suficiente para ser ateu” (Wheaton, IL: Crossway, 2004), 243.

Se isso for verdade, quaisquer erros históricos teriam sido imediatamente apontados tanto por testemunhas oculares como por inimigos do Cristianismo.

Assim, vamos ver a trilha de pistas que nos leva dos documentos originais às nossas cópias atuais do Novo Testamento.

QUEM PRECISA TIRAR CÓPIAS?

Os escritos originais dos apóstolos foram reverenciados.

Eles foram estudados, compartilhados, cuidadosamente preservados e armazenados como um tesouro escondido pelas igrejas.

Mas, infelizmente, os confiscos romanos, a passagem de 2000 anos e a segunda lei da termodinâmica cobraram seu preço.

Então, hoje, o que temos desses escritos originais?

Nada.

Os manuscritos originais se foram (embora, sem dúvida, toda semana estudiosos da Bíblia sintonizem no programa de TV Antiques Roadshow esperando que um manuscrito seja descoberto).

Ainda assim, o Novo Testamento não está sozinho nesse destino; nenhum outro documento comparável da história antiga continua existindo atualmente.

Os historiadores não são incomodados pela falta de manuscritos originais, uma vez que têm cópias confiáveis para examinar.

Mas existem cópias antigas do Novo Testamento disponíveis e, se existem, elas são fiéis aos originais?

Conforme o número de igrejas se multiplicava, centenas de cópias eram cuidadosamente feitas sob a supervisão dos líderes da igreja.

Cada carta foi meticulosamente escrita à tinta em pergaminho ou papiro.

E assim, atualmente, estudiosos podem examinar as cópias sobreviventes (e as cópias das cópias, e as cópias das cópias das cópias - você entendeu) para determinar a autenticidade e chegar muito perto dos documentos originais.

De fato, os acadêmicos que estudam literatura antiga desenvolveram a ciência da crítica textual para examinar documentos como A Odisséia, comparando-os a outros documentos antigos para determinar sua precisão.

Mais recentemente, o historiador militar Charles Sanders ampliou a crítica textual desenvolvendo um teste dividido em 3 partes que analisa não apenas a fidelidade da cópia, mas também a credibilidade dos autores.

Os testes são:

1 - O teste bibliográfico

2 - O teste da evidência interna

3 - O teste da evidência externa - McDowell, 33-68.

Vamos ver o que acontece quando aplicamos esses testes aos primeiros manuscritos do Novo Testamento.

TESTE BIBLIOGRÁFICO

Este teste compara um documento a outros documentos históricos antigos do mesmo período. 

Ele questiona:

- Quantas cópias do documento original existem?

- Quanto tempo se passou entre os escritos originais e as primeiras cópias?

- Como um documento se compara a outros documentos históricos antigos?

Imagine se tivéssemos apenas duas ou três cópias dos manuscritos originais do Novo Testamento.

A amostragem seria tão pequena que não poderíamos confirmar sua precisão.

Por outro lado, se temos centenas ou até mesmos milhares de cópias, podemos facilmente disseminar erros de documentos mal transmitidos.

Então, como o Novo Testamento se compara a outros escritos antigos considerando-se o número de cópias e o intervalo em relação aos originais?

Atualmente, existem mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento no idioma grego original.

Quando contamos traduções para outros idiomas, o número é espantoso: 24.000 - datadas dos séculos II a IV.

Compare isso ao segundo manuscrito histórico antigo mais bem documentado, a Ilíada de Homero, com 643 cópias. - McDowell, 34.
Bruce M. Metzger O texto do Novo Testamento (New York: Oxford University Press, 1992), 34.

E lembre-se de que a maioria dos trabalhos históricos antigos têm muito menos cópias existentes do que esse (geralmente, menos de 10).

O estudioso do Novo Testamento Bruce Metzger ressalta, “Em contraste com esses números [de outros manuscritos antigos], a crítica textual do Novo Testamento é atrapalhada pela integridade do material”. - McDowell, 38.

INTERVALO DE TEMPO

Não apenas o número de manuscritos é significativo, mas também o intervalo de tempo transcorrido entre quando o original foi escrito e a data da cópia.

Ao longo de mil anos de cópias, não é possível dizer no quê um texto poderia se transformar.

Mas quando se trata de cem anos, a história é diferente.

O crítico alemão Ferdinand Christian Baur (1792–1860) certa vez afirmou que o Evangelho de João não havia sido escrito por volta de 160 d.C. e, portanto, não poderia ter sido escrito por João.

Isso, se for verdade, não questionaria apenas os escritos de João, mas também lançaria suspeita sobre todo o Novo Testamento.

Mas então, quando um esconderijo dos fragmentos em papiro do Novo Testamento foi descoberto no Egito, no meio estava um fragmento do Evangelho de João (especificamente, P52: João 18:31-33) datado de aproximadamente 25 anos depois que João havia escrito o original.

Metzger explicou que, “assim como Robinson Crusoé, que viu uma única pegada na areia e concluiu que havia outro ser humano, com dois pés, presente na ilha junto com ele, o fragmento P52 prova a existência e o uso do Quarto Evangelho durante a primeira metade do século II em uma província ao longo do Nilo, muito afastada do local de escrita tradicional (Éfeso, na Ásia Menor).” - Metzger, 39.

Achado após achado, a arqueologia desvendou cópias de grandes partes do Novo Testamento, datadas de até 150 anos após os originais. - Metzger, 36-41.

Muitos outros documentos antigos têm intervalos de 400 a 1400 anos.

Por exemplo, a Poética de Aristóteles foi escrita por volta de 343 a.C., e a primeira cópia é datada de 1100 d.C., sendo que existem apenas cinco cópias.

E, ainda assim, ninguém sai em busca do histórico Platão, afirmando que na verdade ele era um bombeiro, e não um filósofo.

De fato, existe um corpo quase completo da Bíblia chamado Codex Vaticanus, que foi escrito somente cerca de 250 a 300 anos depois da escrita original dos apóstolos.

O corpo completo mais antigo conhecido do Novo Testamento em um manuscrito uncial antigo é chamado Codex Sinaiticus que, agora, está guardado no Museu Britânico.

Assim como o Codex Vaticanus, ele é datado do século IV.

Voltando ao início da história cristã, o Vaticanus e o Sinaiticus são como outros manuscritos bíblicos no sentido em que diferem minimamente um do outro e nos oferecem uma imagem muito boa do que os documentos originais devem ter dito.

Até mesmo o crítico acadêmico John A. T. Robinson admitiu que “a integridade dos manuscritos e, acima de tudo, o curto intervalo entre a escrita original e as primeiras cópias existentes, tornam o Novo Testamento de longe o texto mais certificado de qualquer escrito antigo no mundo.” - John A. T. RobinsonPodemos confiar no Novo Testamento? (Grand Rapids: Eerdmans, 1977), 36.

O professor de Direito John Warwick Montgomery afirmou que “ser cético em relação ao texto resultante dos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antiguidade clássica deslize para a obscuridade, já que nenhum documento do período antigo é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento.” - Citado em McDowell, 36.

A questão é: Se os registros do Novo Testamento foram feitos e circulados tão próximos aos eventos reais, é muito mais provável que o seu retrato de Jesus seja preciso.

Mas a evidência externa não é a única forma de responder à dúvida sobre a confiabilidade; estudiosos também usam a evidência interna para responder a essa pergunta.

Na próxima postagem veremos o que nos dizem as evidências internas.

Até lá.


Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br


*VISITE TAMBÉM:
LOUVE! - https://www.facebook.com/grupolouve?ref=profile VALE A PENA. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger... Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 21 de março de 2014

254 - JESUS FOI UMA PESSOA REAL? - 2ª PARTE



 Sobre Jesus existem relatos tanto religiosos quanto seculares.

Mas devemos levantar a questão:

Será que eles foram escritos por historiadores confiáveis e objetivos?

Vamos dar uma olhada no que dizem o novo testamento,os relatos não cristãos antigos,e falar também sobre Seu impacto histórico.

O NOVO TESTAMENTO

Os 27 livros do Novo Testamento declaram ter sido escritos por autores que conheciam Jesus ou obtiveram conhecimento sobre Ele de outros.

Os 4 relatos de evangelho registram a vida e as palavras de Jesus de diferentes perspectivas.

Esses relatos foram amplamente analisados por estudiosos tanto de dentro quanto de fora do cristianismo.

O estudioso John Dominic Crossan acredita que menos de 20 por cento do que lemos nos evangelhos são os dizeres originais de Jesus.

Mas mesmo este cético não refuta que Jesus Cristo de fato existiu.

Apesar das visões de Crossan e das de alguns outros estudiosos marginais como ele, o consenso da maioria dos historiadores é de que os relatos dos evangelhos nos dão uma figura clara de Jesus Cristo.

Devido a amplitude do assunto, a  confiabilidade dos relatos do Novo Testamento será o tema da próxima postagem que terá por título: OS EVANGELHOS SÃO VERDADEIROS?

Portanto observaremos agora fontes não cristãs para responder nossa questão de se Jesus de fato existiu.

RELATOS NÃO CRISTÃOS ANTIGOS

Quais historiadores do primeiro século que escreveram sobre Jesus não tinham intenções cristãs?

Primeiramente, vamos ver os inimigos de Jesus.

Seus oponentes judeus seriam os que mais teriam a ganhar negando a existência de Jesus.

Mas as evidências apontam o contrário.

“Muitos textos judeus contam sobre sua existência em carne e sangue. 

Ambos os Guemoras do Talmude judeu fazem referência a Jesus. 

Apesar de consistirem apenas de algumas poucas e amargas passagens que visam refutar a divindade de Jesus, esses são textos judeus muito antigos que não o indicam como uma pessoa histórica.”  D. James Kennedy, Céticos Respondidos (Sisters, OR: Multnomah, 1997), 76.

Flávio Josefo foi um notável historiador judeu que começou a escrever sob a autoridade romana em 67 d.C. 

Josefo, nascido apenas alguns anos após a morte de Jesus, tinha conhecimento da reputação de Jesus tanto entre os romanos quanto entre os judeus.

Em seu famoso Antiguidades Judaicas (93 d. c.), Josefo escreveu de Jesus como uma pessoa real.

“Naquele tempo viveu Jesus, um homem santo, se ele pode ser chamado de homem, pois realizou trabalhos poderosos, ensinou os homens, e recebeu com prazer a verdade. 

E ele foi seguido por muitos judeus e muitos gregos. Ele foi o messias”. - Os Gemaras são comentários rabínicos iniciais do Talmude, um corpo de escritos teológicos, ad datado 200-500,6 Citado em Durant, 554.

Apesar de haver certa controvérsia sobre a redação do relato, especialmente quanto à referência de Jesus ser o messias (estudiosos são céticos, pensando que os cristãos inseriram esta frase), Josefo de fato confirmou sua existência.

E sobre os historiadores seculares que viveram nos tempos antigos, mas não tinham motivações religiosas

Existe atualmente confirmação de pelo menos 19 escritores seculares antigos que fizeram referência a Jesus como uma pessoa real. - Citado em D. James Kennedy, céticos respondidos, (Sisters Oregon: Multnomah Publishers Inc., 1997), 73.

Um dos maiores historiadores da antiguidade, Cornélio Tácito, afirmou que Jesus sofreu com Pilatos.

Tácito nasceu cerca de 25 anos antes da morte de Jesus e ele testemunhou como o alastramento do cristianismo começou a afetar Roma.

Os historiadores romanos escreveram negativamente sobre Cristo e os cristãos, identificando-os em 115 d. c. como uma “raça de homens detestados por suas práticas e chamados geralmente de Chrestiani. O nome deriva-se de Chrestus, que, no reino de Tibério, sofreu com Pôncio Pilatos, procurador da Judeia.” - Citado em Durant, 281.

 Os seguintes fatos sobre Jesus foram escritos por fontes antigas não cristãs:

- Jesus era de Nazaré

- Jesus viveu uma vida virtuosa e sábia.

- Jesus foi crucificado na Judeia por Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério César na época da páscoa, sendo considerado um rei judeu.

- Os discípulos de Jesus acreditavam que ele morreu e ressuscitou dentre os mortos três dias depois.

- Os inimigos de Jesus reconheciam que ele realizava feitos desconhecidos que eram chamados de “bruxaria”.

- O pequeno grupo de discípulos de Jesus multiplicou-se rapidamente, alastrando-se até Roma.

- Os discípulos de Jesus negavam o politeísmo, viviam vidas moralmente adequadas e idolatravam Cristo como Deus.

O teólogo Norman Geisler declarou:

“Esta visão geral é completamente coerente com a do Novo Testamento”. - Norman Geisler e Peter BocchinoFundações inabaláveis (Grand Rapids, MI: Bethany House, 2001), 269.

Todos esses relatos independentes, religiosos e seculares, falam de um homem real que combina muito bem com o que é dito de Jesus nos evangelhos.

A Enciclopédia Britânica cita esses vários relatos seculares da vida de Jesus como prova convincente de sua existência. ela declara:

“Esses relatos independentes provam que nos tempos antigos os oponentes do cristianismo nunca duvidaram da historicidade de Jesus”. - Citado em  Josh McDowell, Evidência que exige um veredito, vol. 1 (Nashville: Nelson, 1979), 87.

IMPACTO HISTÓRICO

Uma importante distinção entre um mito e uma pessoa real é como esta figura impacta a história.

Por exemplo, muitos livros foram escritos e filmes foram produzidos sobre o de Camelot e seus Cavaleiros da Távola Redonda.

Esses personagens tornaram-se tão notáveis que muitos acreditam terem sido pessoas reais.

Porém os historiadores buscaram pistas da sua existência e não conseguiram descobrir nenhum impacto histórico exercido nas leis, ética ou religião.

Um reino com a grandiosidade de Camelot teria certamente deixado suas marcas na história contemporânea.

A falta de impacto histórico indica que o Rei Artur e seus Cavaleiros da Távola Redonda não passam de mito.

O historiador Thomas Carlyle disse:

“Nenhum grande homem vive em vão. A história do mundo é como uma biografia dos grandes homens”.  - Citado em Christopher Lee, This Sceptred Isle, 55 B.C.–1901 (London: Penguin, 1997), 1.

Como indicado por Carlyle, são as pessoas reais, não os mitos, que exercem impacto na história.

Como uma pessoa real, Alexandre o grande afetou a história com suas conquistas militares, alteração de nações, governos e leis.

E sobre Jesus Cristo e seu impacto no mundo?

Os governos do primeiro século da Judéia e de Roma não foram muito afetados pela vida de Jesus.

O cidadão romano médio não sabia que ele existiu até muitos anos após sua morte, e a cultura romana permaneceu à parte de seus ensinamentos por décadas, e muitos séculos se passariam antes de matar cristãos no coliseu tornar-se um passatempo nacional.

O resto do mundo do mundo teve pouco conhecimento dele.

Jesus não liderou nenhum exército.

Ele não escreveu nenhum livro nem mudou nenhuma lei.

Os líderes judeus esperavam ter eliminado sua memória e parecia terem conseguido.

Hoje, contudo, a Roma antiga está em ruínas.

As poderosas legiões de César e a pompa da potência imperial romana foram esquecidas.

E como Jesus é lembrado hoje

Qual é a sua influência duradoura?

- Mais livros foram escritos sobre Jesus do que sobre qualquer outra pessoa na história.

- Nações usaram suas palavras como base para seus governos. De acordo com Durant, “o triunfo de Cristo foi o início da democracia”. - Will Durant A história da filosofia (New York: Pocket, 1961), 428.

- Seu Sermão no monte estabeleceu um novo paradigma de ética e moral.

- Escolas, hospitais e trabalhos humanitários foram criados em seu nome. Harvard, Yale, Princeton e Oxford são algumas das universidades que devem aos cristãos sua fundação

- O papel elevado das mulheres na cultura Ocidental tem suas raízes em Jesus. (As mulheres dos dias de Jesus eram consideradas inferiores e praticamente não pessoas até seus ensinamentos serem seguidos.)

- A escravidão foi abolida no Reino Unido e nos Estados Unidos com base nos ensinamentos de Jesus de que cada vida humana é valiosa.

- Ex-dependentes de drogas e álcool, prostitutas e outros buscando propósito na vida declaram que ele é a explicação para a mudança nas suas vidas.

- 2 bilhões de pessoas consideram-se cristãs. Enquanto algumas são cristãs apenas no nome, outras continuam a influenciar nossa cultura de acordo com os princípios ensinados por Jesus de que toda vida é valiosa e que devemos amar uns aos outros.

Incrivelmente, Jesus causou todo este impacto como resultado de apenas um período de ministério público de 3 anos.

Se Jesus não existisse, deve-se imaginar como um mito poderia alterar tanto a história.

Quando perguntaram ao historiador mundial H. G. Wells quem deixou o maior legado na história, ele respondeu

“Nesta questão Jesus fica em primeiro lugar”. - Citado em Bernard Ramm, Evidências cristãs protestantes (Chicago: Moody Press, 1957), 163.

As evidências documentadas e o impacto histórico apontam para o fato de que Jesus de fato existiu.

E se Jesus de fato existiu, também podemos esperar descobrir suas marcas nos detalhes históricos.

Os mitos não deixam tais detalhes que os confirmem.
 
Um dos pontos principais para Durant e outros estudiosos é o fator do tempo.

Mitos e lendas geralmente levam centenas de anos para serem desenvolvidos - a história de George Washington nunca ter contado uma mentira é provavelmente uma mentira em si, até dois séculos terem tornado-a uma lenda.

Notícias do cristianismo, por outro lado, alastraram-se rápido demais para serem atribuídas a um mito ou lenda.

Se Jesus não tivesse existido, os que se opunham ao cristianismo com certeza teriam intitulado-o um mito desde o início. Mas eles não fizeram isso.

Tal evidência, em conjunto com os relatos históricos antigos e o impacto histórico de Jesus Cristo, convencem mesmo os historiadores mais céticos de que o fundador do cristianismo não era mito nem lenda.

Mas um especialista em mitos não estava tão certo.

Como Muggeridge, o estudioso da Oxford C. S. Lewis estava inicialmente convencido de que Jesus não passava de um mito.

Lewis declarou uma vez:

“Todas as religiões, isto é, mitologias… são somente uma invenção do homem - tanto Cristo quanto Loki”. (Loki é um antigo Deus nórdico. Como Thor, mas sem o rabo-de-cavalo.) - Malcolm Muggeridge, Jesus redescoberto (Bungay, Suffolk, U.K.: Fontana, 1969), 8.

Dez anos após denunciar Jesus como mito, Lewis descobriu detalhes históricos, incluindo diversos documentos de testemunhas, confirmando sua existência.

Jesus Cristo impactou a paisagem da história como um grande terremoto.

E este terremoto deixou um rastro maior que o Grand Canyon.

Este é o rastro de evidência que convence os estudiosos que Jesus de fato existiu e realmente impactou nosso mundo há 2 mil anos atrás.

Um dos céticos que pensaram que Jesus era um mito foi o jornalista britânico Malcolm Muggeridge.

Em uma designação da televisão para Israel, foram apresentadas a Muggeridge evidências sobre Jesus Cristo que ele não sabia que existiam.

Ao visitar os locais históricos - o local do nascimento de Jesus em Belém, a cidade de Nazaré, o local da crucificação e a tumba vazia - um sentido da realidade de Jesus começou a surgir.

Mais tarde ele declarou:

“Foi quando eu estava na Terra Sagrada para realizar três programas de televisão para a BBC sobre o Novo Testamento que uma… certeza apoderou-se de mim sobre o nascimento, ministérios e crucificação de Jesus. … Eu percebi que de fato existiu um homem, Jesus, que também era Deus”. - David C. Downing, O convertido mais relutante (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2002), 57.

Alguns estudiosos alemães altamente críticos dos séculos 18 e 19 questionaram a existência de Jesus, dizendo que tais figuras principais como Pôncio Pilatos e clérigo chefe Caifás dos relatos do evangelho nunca foram confirmados como reais.

Não foi possível nenhuma resposta até meados do século 20.

Arqueólogos confirmaram a existência de Pilatos em 1962 quando descobriram este nome incluído em uma inscrição em uma pedra escavada.

Da mesma maneira, a existência de Caifás era incerta até 1990, quando um ossuário (caixa de ossos) foi descoberto contendo esta inscrição.

Os arqueólogos também descobriram o que acreditam ser a casa de Pedro o apóstolo e uma caverna onde João Batista teria feito seu batizado.

Por fim, talvez a evidência histórica mais convincente da existência de Jesus foi a rápida ascensão do cristianismo.

Como pode ser explicado sem Cristo?

Como esse grupo de pescadores e outros trabalhadores poderiam ter inventado Jesus em um poucos anos?

Durant respondeu sua própria questão introdutória - Cristo realmente existiu? - com a seguinte conclusão:

"Alguns homens simples terem inventado em uma geração uma personalidade não poderosa e atraente, tão elevada, ética e inspiradora de uma visão de irmandade humana, seria um milagre ainda mais incrível do que os registrados nos evangelhos. Após dois séculos de muitas críticas a descrição da vida, personalidade e ensinamentos de Jesus permanecem razoavelmente claras e constituem uma das obras mais fascinantes da história do Ocidente."

O VEREDITO DOS ESTUDIOSOS

Clifford Herschel Moore, professor da Universidade de Harvard, declarou sobre a historicidade de Jesus que “o cristianismo conheceu seu salvador e redentor e não um deus qualquer cuja história era baseada em fé mítica. … Jesus foi histórico e não um ser mítico. Nenhum mito remoto ou desagradável introduziu-se no crente cristão; sua fé baseava-se em fatos positivos, históricos e aceitáveis”. - Citado em McDowell, 193.

Poucos historiadores sérios ainda concordam com as afirmações de Ellen Johnson e Bertrand Russell de que Jesus não existiu.

A ampla documentação da vida de Jesus por escritores da época, seu profundo impacto histórico e a evidência tangível e confirmadora da história persuadiram os estudiosos de que Jesus de fato existiu.

Será que um mito poderia ter feito tudo isso

Apenas alguns estudiosos extremamente céticos dizem que não.

Dr. Michael Grant da Cambridge escreveu:

“Resumindo, os métodos críticos modernos falham em suportar a teoria de Cristo como mito. Ela foi diversas vezes respondida e eliminada por estudiosos de primeira linha. Nos últimos anos nenhum estudioso sério se aventuraria a postular a não historicidade de Jesus”. -
Michael GrantJesus (London: Rigel, 2004), 200.

O historiador da Yale Jaroslav Pelikan declarou:

“Independente do que qualquer um possa pensar ou acreditar sobre ele, Jesus de Nazaré foi uma figura dominante na história da cultura ocidental por quase vinte séculos. … É de seu nascimento que a maioria das raças humanas datam seus calendários, é em seu nome que milhões amaldiçoam e oram”.  - Jaroslav Pelikan, Jesus ao longo dos séculos (New York: Harper & Row, 1987), 1.


A próxima postagem como já citado no inicio será complementar, falaremos sobre a  confiabilidade dos relatos do Novo Testamento em: OS EVANGELHOS SÃO VERDADEIROS?

Até lá.

Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br


*VISITE TAMBÉM:
LOUVE! - https://www.facebook.com/grupolouve?ref=profile VALE A PENA. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 6 de março de 2014

253 - JESUS FOI UMA PESSOA REAL? - 1ª PARTE



Quem é o verdadeiro Jesus?

“Independentemente de que qualquer pessoa pode, pessoalmente, pensar ou acreditar nele, Jesus de Nazaré tem sido a figura dominante na história da cultura ocidental por quase vinte séculos.” - Jaroslav Pelikan, historiador.

Se um tribunal de direito fosse avaliar a evidência de Jesus Cristo, qual seria o seu veredicto

Muitos estudiosos e céticos têm ficado espantados com os fatos da história sobre a pessoa mais influente que já viveu.

O que eles descobriram?

Nós convidamos você a examinar os fatos nos artigos seguintes e chegar a sua própria conclusão sobre quem Jesus Cristo realmente é.

JESUS FOI UMA PESSOA REAL?

Jesus Cristo realmente existiu ou o cristianismo foi criado em torno de uma lenda?

Poucos estudiosos questionam a existência de Jesus, mas alguns inimigos do cristianismo estão tentando provar o contrário.

Em um processo contra o Vaticano, a Igreja foi acusada de inventar a história da existência de Jesus.

Apesar de o caso ter sido retirado da corte em fevereiro de 2006, o querelante, Luigi Cascioli apelou, mas o caso foi finalmente fechado.

Os argumentos contra a existência de Jesus vieram a público na rede CNN de tv quando Ellen Johnson, presidente dos American Atheists, declarou:

“A realidade é que não existe nem uma vírgula de evidência secular de que Jesus Cristo existiu. 

Jesus Cristo e o cristianismo se referem a uma religião moderna. 

E Jesus Cristo é uma compilação de outros deuses: 

Osíris, Mitras, e outros tiveram as mesmas origens e a mesma morte como o mitológico Jesus Cristo”. – Ellen Johnson, ateia

Johnson e um grupo especial de líderes religiosos discutiram a questão, “O que acontece depois que morremos?” em um programa Larry King Live da CNN.

O normalmente imperturbável King pausou e refletiu, respondendo depois

“Então você não acredita que Jesus Cristo existiu?” 

Com um ar de confiança Johnson respondeu:

“Não, não existiu. Não é no que eu acredito, simplesmente não existe evidência secular de que JC, Jesus Cristo, de fato existiu”. 

King ficou sem resposta e foi para uma pausa para os comerciais.

Nenhuma discussão de evidência contra ou a favor da existência de Jesus se prosseguiu.

A audiência internacional da televisão ficou apenas se perguntando.

Cinquenta anos antes, Bertrand Russell chocou sua geração com o livro "Porque não sou cristão" onde questionou a existência de Jesus.

Ele escreveu:

“Historicamente, é bastante duvidoso se Cristo de fato existiu, e se Ele existiu não sabemos nada sobre Ele, tanto que não estou preocupado com a questão histórica, que é por si uma questão bastante difícil”.

É possível que o Jesus que muitos acreditam ser real nunca tenha existido?

Em A História da Civilização, o historiador secular Will Durant colocou a seguinte questão

“Terá Cristo realmente existido? 

Será que a história do fundador do cristianismo é o produto da dor, imaginação e esperança humanos - um mito comparável às lendas de Krishina, Osíris, Átis, Adônis, Dionísio e Mitras?”

Durant indicou como a história do cristianismo possui “muitas semelhanças suspeitas com lendas dos deuses pagãos”.

Mais tarde neste artigo veremos como este grande historiador respondeu suas próprias questões sobre a existência de Jesus.

Então, como podemos saber com certeza que este homem, que muitos idolatram e outros amaldiçoam, foi de fato real?

Será que Johnson está correta quando afirma que Jesus Cristo é uma “compilação de outros deuses”? 

E Russell está certo quando ele diz que a existência de Jesus é “bastante duvidosa”?

MITO VERSUS REALIDADE

Vamos começar com uma questão mais fundamental:

O que distingue mito de realidade? 

Como sabemos, por exemplo, que Alexandre o Grande de fato existiu?

Supostamente, em 336 a.C., Alexandre o Grande tornou-se rei da Macedônia com 20 anos de idade.

Um gênio militar, este líder belo e arrogante aniquilou vilas, cidades e reinos do mundo greco-persa até dominá-lo por completo.

No curto período de oito anos, os exércitos de Alexandre atravessaram um total de 22.000 milhas em suas conquistas.

Foi dito que Alexandre chorou quando ele não tinha mais mundos para conquistar. (Penso que este não é o tipo de pessoa com quem eu gostaria de jogar Banco Imobiliário.)

Antes de morrer aos 32 anos, Alexandre supostamente alcançou mais feitos militares que qualquer um na história, não somente em comparação aos reis que viveram antes dele, mas também os que vieram depois até nossos tempos.

Mas hoje em dia, com exceção de algumas cidades com nome de Alexandria, um filme chato de Oliver Stone e alguns livros, seu legado está quase esquecido.

De fato o nome Collin Farrel teve mais poder de atração nas bilheterias do que o de Alexandre.

Apesar do fracasso nas bilheterias, os historiadores acreditam que Alexandre existiu por causa de três razões primárias:

- Documentos escritos de historiadores antigos
- Impacto histórico
- Outras evidências históricas e arqueológicas

DOCUMENTOS HISTÓRICOS SOBRE JESUS

A historicidade de Alexandre o Grande e suas conquistas militares são tiradas de cinco origens antigas, mas nenhuma delas foram testemunhas oculares.

Apesar de escrito 400 anos após a morte de Alexandre, o  Vida de Alexandre de Plutarco é o principal relato de sua vida.

Visto que Plutarco e outros escritores estavam separados por centenas de anos dos eventos da vida de Alexandre, eles baseiam suas informações em relatos anteriores.

Dos vinte relatos históricos contemporâneos a Alexandre, nenhum sobreviveu.

Existem relatos mais tardios, mas cada um apresenta um “Alexandre” diferente, deixando muito para a imaginação.

Porém, apesar do intervalo de centenas de anos, os historiadores estão convencidos de que Alexandre foi um homem real e que os detalhes essenciais do que lemos sobre sua vida são verdadeiros.

Mantendo Alexandre como um ponto de referência, notaremos que para Jesus existem relatos tanto religiosos quanto seculares.

Mas devemos levantar a questão:

Será que eles foram escritos por historiadores confiáveis e objetivos? 

Na próxima postagem vamos dar uma olhada no que dizem o novo testamento e os Relatos não cristãos antigos.

Até lá.


Que Deus abençoe a todos.


Fonte: http://jesusreal.blogspot.com.br


*VISITE TAMBÉM:
LOUVE! - https://www.facebook.com/grupolouve?ref=profile VALE A PENA. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Template Rounders modificado por ::CAMINHO PLANO::
| 29/11/2008 |