São muitas as lições e referências do
Salmo 119, daí a importância de se concentrar num tema específico para extrair dele o máximo possível.
Um desses temas é a
aflição.
O salmista diz no
v. 71 que
“foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”.
Soa estranho ver algo bom na
aflição, na tribulação, ainda mais numa época em que o discurso triunfalista ecoa de forma tão vibrante, afirmando que o sinal distintivo do cristão é exatamente a ausência de
aflição.
O salmista declara
no v. 14:
“Folgo mais com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas”. Infelizmente, muitas pessoas reescreveriam este versículo assim
: “Folgo mais com todas as riquezas do que com o caminho dos teus testemunhos”. Entretanto, o salmista não dá atenção especial às riquezas e enaltece a
aflição como uma espécie de
“terapia”, por assim dizer, ainda que dolorosa, para se aprender e fixar os ensinamentos da
Palavra de Deus.
Esta é certamente a experiência de muitos cristãos, que através da dor e do sofrimento se achegam mais a
Deus e à
Sua Palavra.
No v. 67 o salmista já dizia que
“antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra”, o que lhe dá a firmeza a que se refere no
v. 133 “Firma os meus passos na tua palavra; e não se apodere de mim iniquidade alguma”.
Esta ideia da
aflição como uma etapa necessária do crescimento espiritual do cristão é recorrente nas Escrituras.
No Novo Testamento, Paulo retoma este tema
:
”E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Rm 5:3-5Logo, o cristão não deve fugir das
aflições e tribulações a todo custo, ou ver nelas uma negativa do socorro divino.
O próprio salmista apela a
Deus dizendo:
“olha para a minha aflição, e livra-me, pois não me esqueço da tua lei” (Salmo 119:153). Neste caso ele não estava sendo
afligido para que aprendesse a lei como havia dito no
v. 71, mas mesmo não se esquecendo dela, estava passando por
aflição e clamava a
Deus por livramento.
Na tribulação e na angústia, o salmista encontrava prazer nos mandamentos de
Deus, não porque os havia transgredido antes, mas por aceitar que o sofrimento e a dor faziam parte do seu crescimento.
Guardadas as devidas proporções, sua atitude se assemelha àquela que Paulo atribui a Abraão, que
“à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer” (Rm 4:20-21).A Palavra de
Deus também é promessa, e bem-aventurado aqueles que a guardam, respeitam e esperam, mesmo na
aflição, como diz o salmista no S
almo 91:15, “Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei”.
"No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16.33Que
Deus abençoe a todos.
Fonte: http://www.e-cristianismo.com.br/
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Ja estou seguindo seu blog. Muito legal seu blog, parabens continue assim. abraços e fica com Deus!
ResponderExcluirDeus te abençoe meu irmão em Cristo! Parabéns pelo seu blog, adorei.
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