Não conseguimos compreender quais
“regras” se aplicam a um
Deus que vive fora do tempo e assim mesmo penetra no tempo.
Considere toda a confusão que cerca a palavra
“presciência”.
Deus sabia com antecedência que Jó permaneceria fiel a Ele e assim venceria o desafio
? Se sabia, como é que foi um desafio de verdade
? Ou que dizer das calamidades naturais da Terra
? Se
Deus sabe com antecedência sobre elas, não é
Ele que deve levar a culpa
? No nosso mundo, se uma pessoa sabe com antecedência que uma bomba irá explodir num carro estacionado e deixa de alertar as autoridades, tal pessoa é legalmente responsável.
Portanto, será que
Deus é
“responsável” por tudo o que acontece até mesmo tragédias, pois
Ele sabe a respeito com antecedência
?Mas
– e esta pode ser a principal mensagem subjacente à vigorosa fala de
Deus a
Jó (Jó 38 e 39) - não podemos aplicar nossas regras simplistas a
Deus.
A própria palavra presciência
– pré ciência
– denuncia o problema, pois expressa o ponto de vista de alguém preso dentro do tempo.
Deus não enxerga o tempo numa seqüência
A-B.
Na realidade, estritamente falando, Ele não nos
“prevê” realizando coisas.
Ele simplesmente nos vê fazendo-as, num eterno presente.
E, quando tentamos imaginar o papel de
Deus num determinado acontecimento, obrigatoriamente vemos as coisas
“de baixo”, e julgamos
Seu comportamento pelos frágeis padrões de uma moralidade contingente no tempo.
Um dia poderemos ver problemas tais como
“Deus provocou a queda daquele avião?” sob uma ótica bem diferente.
Fiz esta digressão pelos mistérios do tempo porque creio que não há qualquer outra resposta para a questão da injustiça.
Não importa o quanto racionalizemos, algumas vezes
Deus parece injusto desde a perspectiva de uma pessoa presa no tempo.
Só no final dos tempos, depois de termos alcançado o ponto de vista de
Deus, depois de todo mal ser punido ou perdoado, toda enfermidade ser curada, e todo o universo ser restaurado
– só então reinará a justiça plena.
Então compreenderemos que papel o mal, e a queda, e a lei natural desempenham num acontecimento
“injusto” como a morte de uma criança.
Até lá não saberemos, e só podemos confiar num
DEUS que de fato
SABE!Que
Deus abençoe a todos
Fonte: http://www.reflexoesdoreino.com/
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