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domingo, 14 de novembro de 2010

128 - O QUE OCORRERÁ NA VINDA DE JESUS?


“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.

Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.

Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.

Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis. (1Tessalonicenses 4.13 - 5.11)



A expectativa da vinda de Jesus tem ocupado a mente dos seus discípulos desde a ascensão de Jesus.

“E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.

E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco.

Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”(Atos 1.9-11).


O desejo de ver a vinda de Jesus é algo bom, mas devemos ficar precavidos contra os erros doutrinários que os homens tem adicionado a este ensino.

Nesta postagem veremos que a vinda de Jesus marca o fim da nossa vida humana na terra, pois ocorrerá a ressurreição dos santos e a condenação dos injustos.


NÃO DEVEMOS IGNORAR ESTE ASSUNTO (13)


Era um dos assuntos básicos no ensino cristão.

“Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno” (Hebreus 6.1-2)

A expressão dormir é usada no lugar de morrer.

“Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também”.


“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (1Coríntios 15.6,20)


Não significa que ficamos inconscientes na morte, pois mesmo dormindo (morrendo) estamos vivos com Cristo (veja 5.10).

A expressão “dormir” pressupõe o “acordar”, na ressurreição geral dos homens.

A ignorância da doutrina da ressurreição gera desesperança aquela que existe no mundo, entre aqueles que não tem esperança da vida porvir.

“Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo”.(Efésios 2.12)



NOSSA CONFIANÇA DE RESSURREIÇÃO ESTÁ EM CRISTO (14)


Um dos pontos básicos e fundamentais da fé cristã é a ressurreição de Jesus.


“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.

“Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos”.

“Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Romanos 10.9; 14.9; 1.4)

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.

“Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?” (1Coríntios 15.3,4, 12).



A ressurreição de Jesus é a prova e a garantia de nossa própria ressurreição.

“E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita”. (Romanos 8.11).


Temos a forte e inabalável convicção de que Jesus morreu e ressuscitou, e, portanto, os que morreram em Cristo, serão trazidos juntamente com Cristo, vivos na volta dele.


VAMOS TODOS ESTAR COM CRISTO (15-18)


O ensino de Paulo sobre a ressurreição estava baseado nas palavras de
Jesus (15)

A idéia é que os mortos não perderão nada em relação aos vivos.

Nem todos morrerão antes da vinda de Jesus.

Haverá uma ordem na sucessão dos acontecimentos onde primeiramente acontecerá a ressurreição dos mortos e depois a transformação dos que ficaram vivos.

“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (1Coríntios 15.52).


Desta forma, os que morreram não vão “perder” nada na volta de Jesus. Quem garante isso é o próprio Jesus.


A ORDEM DOS ACONTECIMENTOS (16-17)


É aqui onde Paulo provavelmente cita com mais cuidado algumas expressões de Jesus.

“E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem”.

“E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. (Mateus 24.39,31)

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz”. (João 5.28).


1º - Palavra de ordem de Jesus – o comando da ação.

2º - A voz do arcanjo – a participação das hostes celestiais

“Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado”.(2 Tessalonicenses 1.7).

3º - A trombeta de Deus – simbolizando, como no Velho Testamento, a presença de Deus; “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (1Coríntios 15.52); também associada com a ressurreição.

4º - Jesus descerá dos céus – “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”. (1Tessalonicenses 1.10)

5º - Os mortos vão ressurgir. [trata-se da ressurreição de todos, justos e injustos, embora o texto trate apenas dos cristãos].

6º - Os vivos (transformados – “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. 1Coríntios 15.52) e os mortos ressurretos vão ser arrebatados e se encontrarão com Jesus nos ares.

Alguns textos sobre arrebatados – “E poderia ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do Senhor te tomasse, não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me mataria; porém eu, teu servo, temo ao Senhor desde a minha mocidade”. (Reis 18.12)

“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.

E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe).

Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar “. (2Coríntios 12.2-4)

“E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho”. (Atos 8.39)



NOTA: Os defensores da doutrina de um arrebatamento secreto da igreja usam o vocábulo “arrebatados”, do texto de 1 Tessalonisenses 4.17 , fora do seu contexto.

”Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.

Ensinam que haverá um “sumiço” misterioso do povo de Deus, quando na verdade, a idéia que este texto bíblico transmite é de um evento completamente visível e do qual todos participam.

O povo de Cristo vai estar para sempre com ele e não vai retornar para a terra para reinar aqui por 1.000 anos.

Não há nada secreto neste texto, mas algo que ninguém vai perder.

7º - Depois disto já não haverá alterações de nosso estado.

Estaremos para sempre com o Senhor.


"Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.

Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?

Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?"(João 14.8-9)
.


O MOTIVO DO ENSINO (18)


O motivo era o de consolar os cristãos vivos que pensavam que os que haviam morrido perderiam a recompensa final.

Por esta razão, o texto não fala muito dos incrédulos, mas por outros textos do Novo Testamento podemos saber que:

1º - Os incrédulos serão ressurretos juntamente conosco.

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”. (João 5.28 – 29)

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. (Daniel 12.2).



2º - Os incrédulos não serão arrebatados para estar com Jesus; “Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. (Mateus 24.40-41), já revelando, neste momento, a separação definitiva e final dos justos e dos injustos.

3º -
Os incrédulos serão castigados e atribulados na vinda de Jesus e serão eternamente afastados de Deus e de Jesus, após o juízo final.

“Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)”. (2Tessalonicenses 1.6-10)

Isto ocorre ao mesmo tempo em que os cristãos serão aliviados (7), na presença de Jesus, glorificando-o (10).


A OCASIÃO DA RESSURREIÇÃO GERAL (5.1-3)


Deus controla os tempos e as épocas.

“E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação”.(Atos 17.26).

Só Deus sabe a hora e dia do retorno de Jesus.

“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai”. (Mateus 24.36).

Jesus disse que viria como ladrão, ou seja, de modo inesperado.


“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.

Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.

Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis”. (Mateus 24.42-44)

“Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa”.(Lucas 12.39)

“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão”. (2Pedro 3.10)

“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”.

“Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas”. (Apocalipse 3.3; 16.15).



A coisa mais certa que podemos saber sobre a volta de Cristo é a impossibilidade de marcar sua data.

A incerteza da data é certeza.

Duas atitudes são erradas sobre a volta de Jesus:

1ª - Tentar prever.

“Disse então ele: Vede não vos enganem, porque virão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu, e o tempo está próximo. Não vades, portanto, após eles”. (Lucas 21.8)

“E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”.(Atos 1.7).



2ª - Tentar negar.


“E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”. (2Pedro 3.4) – Era isto que diziam os falsos profetas.

“E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”. (Jeremias 6.14; 8.11)


Já estamos nos últimos dias “A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. (Hebreus 1.2), e até mesmo na última hora “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora”. (1João 2.18).


FICANDO ALERTA PARA A VOLTA DE JESUS (5.4-11)


Na volta de Jesus, o contraste entre a igreja e o mundo ficará evidente:

MUNDO - IGREJA
Trevas (4-5) - Luz (5)
Noite (7) - Dia (5,8)
Dormindo (6) - Vigiando (6,10)
Embriagues (7) - Sobriedade (6)
IRA (9) - SALVAÇÃO (8-9)

A vigilância e sobriedade do cristão se vê pela armadura com a qual está vestido e da qual nunca se separa (8).

Couraça – fé e amor (os atos)

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (1Coríntios 13.13)

Capacete – esperança da salvação (a atitude)

“Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai”.(1Tessalonicenses 1.3)


“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Efésios 6.14-17)


O propósito de Deus é salvar (9-10).

Assim sendo, quer neste mundo (vigiando), quer no mundo além (dormindo – agora com o sentido de morte física), viveremos em união com Cristo.

O propósito deste ensino é o consolo e edificação da igreja. Maranata! (11)


Concluindo,o grande consolo da igreja é saber que nunca perde.

Se estivermos vivos quando Cristo voltar, seremos arrebatados para estar com ele.

Se já tivermos morrido, seremos os primeiros a ser trazidos com ele a este mundo.

Com Cristo, nada se perde, tudo é glorificado!



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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domingo, 7 de novembro de 2010

127 - JESUS REINARÁ POR MIL ANOS NESTE MUNDO?



“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

Satanás é solto, e depois vencido para sempre.

E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.

E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.

E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”


Nesta postagem iremos analizar o significado do texto bíblico de Apocalipse capítulo 20 versículo 1 ao 10 citado acima , que é um dos textos mais difíceis da Escritura.

A dificuldade, contudo, não reside no texto em si, mas sim na “sobrecarga” de doutrinas e questões que este texto é forçado (contra sua intenção e sentido originais) a responder.

Antes de verificarmos o texto é necessário entender certos princípios de interpretação do livro de Apocalipse.


O LIVRO É SIMBÓLICO


É um aspecto evidente, mas que é constantemente esquecido no estudo do livro.

Por exemplo, as descrições de Jesus em Apocalipse 1.12-20:


“E virei-me para ver quem falava comigo.

E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.

E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.

E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;

E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer; o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro.

As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”


Em Apocalipse 5.5- 6:


“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.

E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.”



E em Apocalipse 19.11-16:


“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.

E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.

E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.

E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.

E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.”



São completamente diferentes.


Se o livro fosse literal, haveria contradição.

De fato, se o livro fosse literal, a descrição de Jesus seria a de uma monstruosidade.

Quando analizamos Apocalipse 20, devemos lembrar que o quadro é altamente simbólico.

O alvo do simbolismo do livro é impressionar: dar ânimo aos cristãos através de imagens que ultrapassam a razão, mas que dão razão à fé que eles sustentam em face da perseguição.

A mensagem do apocalipse, se escrita em prosa ou em linguagem comum não conseguiria impressionar tão bem os leitores quanto o uso de símbolos e de imagens.


O LIVRO É DE CONSOLO AOS PERSEGUIDOS


Os livros apocalípticos são escritos geralmente em épocas de opressão e de perseguição.

O propósito desta literatura é o de mostrar a vitória dos oprimidos pelo poder de Deus.

Desta forma, as pessoas que melhor entenderiam o livro de Apocalipse são os cristãos antigos.

Os símbolos e as coisas descritas no livro eram conhecidas por eles.

É por esta razão que não devemos imaginar que João escreveu somente sobre o que aconteceria em um futuro distante (Século Vinte e Um?!).

Ele escreveu sobre “as coisas que em breve devem acontecer” (Apocalipse 1.1; 22.6).


A maior parte do livro já se cumpriu.

O “milênio”, que vamos analizar, já começou.

Só faltam poucas coisas para o cumprimento final de tudo.


O LIVRO TEM UM CONTEXTO HISTÓRICO


A besta é o Império Romano e o seu imperador, especialmente DOMICIANO.

Os cristãos estão sendo perseguidos por não adorar o imperador.

O livro de Apocalipse mostra que Deus vai julgar estes inimigos do povo de Deus.

A meretriz, descrita no capítulo 17, é Roma, a cidade que governa o mundo daquele tempo.

Não podemos esquecer que os leitores originais do livro no primeiro século poderiam compreender a mensagem do livro.

A besta era um personagem do seu tempo.


CONTEXTO


Nos capítulos 12 e 13 são apresentados os três inimigos do Povo de Deus: o dragão, a besta e o falso profeta.

O dragão é o diabo.

A besta (que vem do mar) é o Império Romano liderado por seus imperadores

O falso profeta (foi chamado a besta que vem da terra) era a religião romana que ordenava a todos que adorassem a imagem dos imperadores romanos.

Nos capítulos 14 a 19, especialmente no 19, observa-se a derrota dos dois últimos inimigos: a besta e o falso profeta, que após sua derrota, foram lançados vivos no lago que arde com fogo e enxofre (19.20).

Ou seja, a primeira vitória dos cristãos será ver, já na história, o julgamento divino contra o Império e a religião falsa de culto ao imperador.

No capítulo 20 observa-se a vitória contra o dragão, o Diabo, em duas etapas: a primeira por seu aprisionamento por 1000 anos na mesma época em que a besta e o falso profeta foram derrotados; a segunda etapa, após os 1000 anos, é a sua derrota total e ele também é lançado no lago de fogo e enxofre (20.10).

Ou seja, os cristãos vencem não apenas no âmbito da história, mas também na dimensão espiritual da existência humana: na luta contra os principados e potestades (Ef 6.10-12) eles vencem o diabo, pelo poder de Jesus.

Na parte final do livro descreve-se o destino celestial dos santos (Ap 21-22).

Assim sendo, Apocalipse 20 deve ser entendido como a descrição simbólica do que aconteceu e acontecerá entre a queda da Besta (IMPÉRIO ROMANO) e a destruição do diabo (SEGUNDA VINDA DE JESUS).

Portanto, o que ocorre no chamado “milênio” é algo que ocorre dentro da nossa “Era Cristã” e não uma etapa posterior desta história.


A PRISÃO DO DIABO POR UM LONGO TEMPO (Apocalipse 20.1-3)


O texto é simbólico e trata da limitação do último inimigo do povo de Deus.

Corrente nenhuma pode prender um demônio – a linguagem é simbólica.

O diabo já estava sendo limitado pela obra de Cristo.


“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.

Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?” (Mateus12.28-29)



“Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem;

Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura em que confiava, e reparte os seus despojos.” (Lucas 11.21-22.)




Esta parábola fala do fato de Jesus ser mais poderoso que o diabo e, pela expulsão dos demônios, estar vencendo o diabo.

A pregação do evangelho tem este efeito de derrota no reino de satanás.


“E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.” (Lucas 10.18).


Portanto, podemos dizer que o diabo está com o seu poder de enganar as nações limitado por um tempo longo e indeterminado.

Os 1000 anos são simbólicos ou tudo terá de ser igualmente literal (o que seria ridículo!).

O diabo ainda tem algum poder, mas atualmente, está limitado.

Após o longo tempo da era cristã (1000 anos – simbolicamente), o diabo terá o poder que tinha antes e por pouco tempo terá o propósito de oprimir o povo de Deus.


A VITÓRIA DOS FIÉIS A DEUS (Apocalipse 20 4-6)


Os fiéis que morreram são vistos em tronos de juízes.

Eles que foram mortos pelos imperadores e pelos poderosos, agora são os juizes da besta, do falso profeta e do diabo.


“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?

Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1Coríntios 6.2-3).



Talvez também esteja sendo feita a menção do juízo final de Deus que será apresentado depois: assim os fiéis também julgarão os incrédulos naquela ocasião.


“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.

E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.

E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”
(Apocalipse 20.11-15).



Os fiéis a Deus estão vitoriosos. As características deles são:

1ª - São almas (como em Apocalipse 6.9: ” E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.”) – são mortos.

Portanto, a “primeira ressurreição” é algo apenas para as almas e não para ressurretos.

2ª - Tinham sido decapitados. Só os mártires, os fiéis e vencedores do livro de Apocalipse.

3ª - Não tinham adorado a besta – nem sua imagem.

4ª - Não tinham recebido a marca da besta – certificado de adoração ao Imperador.

5ª -
Tinham vivido e reinado com Cristo por 1000 anos (esta é a primeira ressurreição).

Todos os verbos no versículo 4 estão no mesmo tempo grego, ou seja, o aoristo.

Os outros mortos que não são cristãos não participaram desta vitória, que é chamada de “a primeira ressurreição”. (Apocalipse 20.5)

O versículo 6 explica a primeira ressurreição:

Aqueles que dela participam são bem-aventurados e são santos.

Aqueles que dela participam não serão condenados na segunda morte.


“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.(Apocalipse 20.15).


“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte”.(Apocalipse 2.11).


Aqueles que dela participam são sacerdotes e estão reinando (Na verdade, o povo de Deus já reina com Cristo na terra).


“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra.

Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.”(Apocalipse 1.5-6)



“Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”.(Apocalipse 3.21)



“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.(Apocalipse 5.9-10).


Portanto, a primeira ressurreição é o privilégio dos mártires de estar imediatamente com Cristo após sua morte.

Eles não foram derrotados pelos perseguidores, mas são colocados em tronos, e reinam com Deus e com Cristo por todo o tempo em que o diabo fica preso e derrotado.

A primeira ressurreição é espiritual [simbólica], ou seja, as almas “não ressurretas” dos mártires reinando com Jesus.

A segunda ressurreição, que não é mencionada no Apocalipse, seria a ressurreição física [literal] de todos os homens.


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (Jo 5.28-29).



A segunda morte é espiritual [simbólica], ou seja, é o inferno eterno.

A primeira morte, que não é mencionada no Apocalipse seria a morte física [literal] pela qual passam os cristãos perseguidos e todos os homens ao deixarem esta vida.

Assim, o Apocalipse só menciona os elementos simbólicos [espirituais] e nunca os literais [físicos]:

[1ª morte] = literal não mencionada

2ª morte = simbólica mencionada

1ª ressurreição = simbólica mencionada

[2ª ressurreição] = literal não mencionada


O Apocalipse, como livro simbólico, fala de elementos simbólicos que representam a derrota dos inimigos de Deus (segunda morte) e que representam a vitória do povo de Deus, aparentemente derrotado pelo martírio (a primeira ressurreição).

Assim, quando os inimigos tentaram matar os discípulos de Jesus, somente os fizeram “ressuscitar com Cristo”, como reis, na primeira ressurreição.

Depois e terem sofrido um pouco, reinarão para sempre!

Esta é a mensagem por trás do “milênio”.

Os discípulos de Jesus são “mais que vencedores”, pois mesmo mortos, vivem e reinam!

Na igreja da época pós-apostólica, havia uma forte crença que os mártires, os que morriam pela fé, obtinham um privilégio de maior intimidade com Deus e com Cristo no além.

Por causa disto, houve muitos literalmente correndo para o martírio, desejando este privilégio.

De onde eles tiraram esta idéia de que os mártires têm algum privilégio no além?

Provavelmente de Apocalipse 20.4-6:


“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.”


Não queremos dizer que sua interpretação e aplicação da mensagem estava certa, pois ninguém deve buscar o martírio, mas estamos citando isto para mostrar que numa época muito próxima à redação deste livro, os cristãos entenderam esta promessa como algo que dizia respeito apenas aos mártires.

Note que as almas dos mortos por causa de Cristo estão em tronos celestiais, e não na terra (4).

Nada aqui se passa na terra. Não se menciona um reino na terra.

Não se fala de intervenção nos poderes políticos deste mundo.

O “milênio” é a vitória espiritual dos mártires, de âmbito espiritual, e que não tem nenhuma referência terrestre, a não ser o fato de ser posterior à queda do império romano.

Contudo, mesmo isto não pode ser tomado cronologicamente.

Em suma, a visão mostra que, apesar de mortos, o povo de Deus está vivo e vitorioso com Cristo.

NOTA: Uma outra interpretação entende que a primeira ressurreição é o BATISMO, que nos dá a vida eterna e nos livra da segunda morte.

O batismo ou a conversão é a primeira ressurreição mencionada em João 5.24-25:


“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.

Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.”


A ressurreição física dos mortos, a segunda ressurreição, é mencionada em João 5.28-29:


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”


Assim, existe um paralelo entre Apocalipse 20.6 6: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” e João 5.24-25.



Embora esta interpretação seja interessante, não faz sentido como declaração de derrota dos perseguidores da igreja.



A DESTRUIÇÃO FINAL DO DIABO (Apocalipse 7-10)


Este texto expressa em linguagem simbólica o contínuo desejo de satã de destruir a igreja.

Revela mais seu caráter maligno e incorrigível, que justifica sua punição, do que um evento ou sinal dos tempos.

No fim, ele vai tentar novamente destruir o povo de Deus, mas não vai conseguir.

Não passará de uma tentativa. Não adianta tentar fazer disto um sinal dos tempos, pois Jesus já disse que não há mais sinais.

Tudo está pronto para a volta de Jesus.

O diabo será completamente vencido, e assim, reunido no inferno eterno com os outros dois grandes inimigos do povo de Deus: a besta e o falso profeta.


Concluindo, o texto deve ser interpretado à luz do ensino claro do Novo Testamento de que há somente uma ressurreição.


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (João 5.28-29)




“E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno”.(Hebreus 6.2)


“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (1Tessalonicenses 4.13-18)



Até mesmo Daniel 12.2:


“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.


O texto tem paralelos com Daniel 7, que fala do estabelecimento do Reino coma derrota do quarto animal (que representa o Império Romano).


Portanto, a vitória dos mártires com Cristo (milênio) começou na época do Império Romano.

O texto tem paralelos com Apocalipse 11, onde as testemunhas “ressuscitam”da perseguição e são elevados ao céu.

É o modo simbólico de mostrar que apesar da perseguição e “quase morte”, a igreja vai ressurgir e vencer a sua perseguidora, que é Roma (Apocalipse 11.3-14, especialmente 11-12).

Estamos na época cristã: os inimigos foram vencidos e os mártires estão reinando com Cristo.

O milênio simbólico do Apocalipse é a garantia que os cristãos nunca perdem:

Se estão vivos, reinam com Cristo, se estão mortos, reinam também!



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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domingo, 31 de outubro de 2010

126 - O OUE JESUS ANUNCIOU NO SERMÃO PROFÉTICO?


“E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!

E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.

E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane;porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.

E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.

Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações.

Estas coisas são os princípios das dores.

Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.

Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.

Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, nem premediteis; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.

E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais, e os farão morrer.

E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.

Ora, quando vós virdes à abominação do assolamento, que foi predito por Daniel o profeta, estar onde não deve estar (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes.

E o que estiver sobre o telhado não desça para casa, nem entre a tomar coisa alguma de sua casa; e o que estiver no campo não volte atrás, para tomar as suas vestes.

Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias!
Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno.

Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.

E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias.

E então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo; ou: Ei-lo ali; não acrediteis.

Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.

Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz.

E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas.

E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória.

E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.

Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já está próximo o verão.
Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que já está perto, às portas.

Na verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas estas coisas aconteçam.

Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.

Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.

Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.

É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.

Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.” (Marcos 13.1-37)



O chamado “sermão profético” de Jesus é um dos textos mais fascinantes e também mais distorcidos de todo o ensino de Jesus.

Muitos citam estas palavras de Jesus para explicar fenômenos atuais, como se as profecias ali descritas estivessem se cumprindo hoje, diante de nossos olhos.

A referência às guerras, fomes e terremotos parecem estar prevendo o noticiário e os jornais, e tornam-se anúncios e sinais do fim do mundo.

Será que é isto que este texto está ensinando?

Certamente não!


O TEXTO É SIMBÓLICO


Como estas coisas já se cumpriram, fique pronto.

Este capítulo é chamado de “O Pequeno Apocalipse” de Jesus no Evangelho de Marcos.

A linguagem é simbólica e deve ser interpretada com cuidado. (Exemplo: Uma estrela não pode “cair do céu” - 13.25).


O TEXTO É PROFÉTICO


É uma verdadeira predição de Jesus, que advertia seus próprios discípulos e a todos os seus seguidores.

Portanto, o texto tem lições para eles e para nós.

Não devemos esquecer, contudo, que o discurso profético, em sua maior parte, visava transmitir a verdade de Deus para as pessoas daquela geração e não apenas revelar o futuro longínquo.

Profecia, acima de tudo, é ensino.


“Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.”

“Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.” (1Coríntios 14.3, 31).



Os discípulos de Jesus que ouviram este discurso sabiam que ele se aplicava em primeiro lugar a eles e não ao século XXI.


O TEXTO ENTRELAÇA DOIS ASSUNTOS


A destruição de Jerusalém ( “os que estiverem na Judéia fujam para os montes” - 13.14) e o fim do mundo (“anjos... reunirá os escolhidos” - 13.27) são tratados em conjunto.

A destruição de Jerusalém é uma miniatura da tremenda destruição final.

Portanto, a primeira ilustra a segunda.

Este fenômeno de entrelaçar assuntos é chamado pelos estudiosos de “perspectiva profética”, e ocorre em várias ocasiões quando a profecia sobre dois eventos cronologicamente separados apresenta-os como se fossem um só, do ponto de vista do profeta.


A CONVERSA SOBRE O TEMPLO


O templo tinha um aspecto glorioso e majestoso.

Feito de mármore branco, coberto de placas de ouro e adornado por todo tipo de entalhos e colunas.

Algumas pedras chegavam a medir dimensões colossais.

Os historiadores chegaram a dizer que, quando o templo foi tomado e saqueado, havia tanto ouro disponível no mercado, que o preço do ouro caiu muito na província romana da Síria!


A PROFECIA SOBRE O TEMPLO


Jesus predisse a destruição da cidade e do templo.

Era uma profecia surpreendente.

Foi esta profecia que iniciou toda a questão tratada no discurso.

Para os discípulos, a destruição do templo seria equivalente ao fim do mundo.

Embora isto não fosse necessariamente verdadeiro, não poderia ser excluído de todo.

Jesus não sabia qual seria a data do fim dos tempos, logo ele não poderia dizer:

“Oh! A Destruição de Jerusalém é uma coisa, mas o fim dos tempos é outra!”.


Se ele falasse assim estaria “sabendo” a data do fim.

Por causa disto e também por causa da chamada “perspectiva profética” Jesus tratou os dois eventos em um só discurso.

Contudo, ele diferenciou os dois eventos no transcorrer de seu ensino.


A PERGUNTA DOS DISCÍPULOS (3-4)


O grupo mais íntimo perguntou. Eles pensavam em duas questões: Quando?
Que sinal?

A pergunta começa com a curiosidade sobre o futuro do templo judaico.


A RESPOSTA DE JESUS (5-37)


Não sejam enganados (5-8)

Tempos difíceis geram charlatões (5-6).

Vários falsos messias foram anunciados depois de Cristo e antes da destruição da cidade.

João Giscala, Eliezer e Simão Bar Gorgia, homens da Galiléia, Iduméia e Jerusalém, respectivamente, disseram ser “o messias”.


“Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada.

Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.”

“Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?” (Atos 5.36-37 e 21.38).



Tempos difíceis geram falsos sinais (7-8).

Houve constante tensão na Palestina.

Antes da revolta dos judeus, havia rumores de guerras contra os PARTOS.

Após a morte de Nero houve guerra civil pelo controle do Império Romano e tomadas de poder por generais (Galba, Oto, Vitélio).

Em 67 um terremoto destruiu Laodicéia.

Também o vulcão Vesúvio acabou com Pompéia em anos posteriores.

Fomes não eram incomuns neste período.

“E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.” (Atos 11.28).
.

“Estas coisas são o princípio das dores”, mas não o cumprimento específico da profecia.

Mostram o caminho para o qual as coisas caminham, mas ainda não são as próprias coisas profetizadas.

As dores de Jerusalém só estão sendo anunciadas, mas nenhum sinal conclusivo e dado.


ESTEJAM PRONTOS PARA A PERSEGUIÇÃO (9-13)


O texto fala de oposição religiosa (9), governamental (9), familiar (12) e geral (13).

Mas neste momento, eles deveriam TESTEMUNHAR e PREGAR o evangelho em toda parte.

O evangelho foi levado a todas as nações.


“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28.18-20)



Antes da destruição de Jerusalém.


“Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.” (Colossenses 1.23).


O jeito é ficar firme até o fim.


A DESTRUIÇÃO DA CIDADE DE JERUSALEM (14-23)


O sinal: a abominação desoladora (14).

O cumprimento de Daniel 9.27 que previa o fim de Jerusalém pela invasão de um exército.


“E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador."



A expressão foi usada em Daniel 11.31 e 12.11:


“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.”

“E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.”



Com respeito à obra de devastação de Antioco Epifânio, rei grego da Síria que perseguiu a religião dos judeus.

O sinal que Jesus dá é o da aproximação do exército romano, e ele deve estar usando a expressão conforme o uso em Daniel 9.27 que falava do fim da cidade de Jerusalém após “setenta semanas de anos” ou seja, cerca de 500 anos, após a sua reconstrução.

Quando o exército romano fosse visto, então o fim chegaria; Jerusalém iria cair.


A CONDUTA RECOMENDADA FUGIR DA CIDADE (14-18).


Os historiadores cristãos dizem que nenhum cristão morreu com a destruição de Jerusalém.

Eles saíram da cidade em obediência a esta profecia de Jesus.

Os problemas e mandamentos aqui mencionados – fugir para os montes, não entrar em casa, grávidas, inverno – não fazem sentido se aplicados ao fim dos tempos, mas aplicam-se à queda de Jerusalém.


A ADVERTÊNCIA RETOMADA (19-23).


O que não faltou em Jerusalém foi sofrimento e “messias”.

As mães cozinhavam crianças de peito para comer.

Havia pelo menos três chefes militares dizendo ser o “único messias”.

Tudo isto se cumpriu no cerco de Jerusalém.

Morreram 66.000 e outros 89.000 foram feridos.

Josefo diz que morreram 1.100.000 e 97.000 foram presos.

Certamente há certo exagero em Josefo, o historiador judeu, mas a mortandade, de fato, foi imensa.


O FIM DOS TEMPOS (24-27)


O TEMPO (24).


A expressão inicial destes versos deixa a entender que o fim do mundo devia ocorrer logo após a queda de Jerusalém.

Mas é bom lembrar que o tempo na profecia apocalíptica é muito fluído e simbólico.

Também é importante lembrar que poderia ter ocorrido assim!

Desde a queda de Jerusalém, todas as profecias estão cumpridas: não haveria mais necessidade de nada para que a vinda de Cristo se consumasse.

Desta forma, Jesus falar de sua vinda como ocorrendo depois da destruição de Jerusalém não seria nada impossível.


O SIMBOLISMO (24-25).


É típico dos escritos proféticos quando mencionam a intervenção de Deus na história (veja as referências no pé da página da Bíblia).


AVOLTA DE JESUS (26-27).


A descrição destes versículos adaptam-se com a idéia da segunda vinda.


“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” (Apocalipse 1.7).


O TEMPO DESTAS PROFECIAS (28-37)


A destruição de Jerusalém é dentro desta geração (28-31).

De fato, dentro de 40 anos a profecia foi cumprida.

Jesus faz uma ressalva sobre “aquele dia”.

A referência é mais facilmente entendível se aplicada à volta de Cristo.


A SEGUNDA VINDA É IMPREVISÍVEL (32).


O mundo deve estar preparado e vigiar (33-36).

A vinda de Jesus é certa.

É uma profecia segura, pois já se cumpriu parcialmente em Jerusalém e seu cumprimento completo no mundo pode ocorrer a qualquer momento.

Jesus já provou que é um profeta que “acerta” suas previsões.

Ele previu que Jerusalém cairia, e aconteceu; ele previu o fim dos tempos, e certamente acontecerá!



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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domingo, 24 de outubro de 2010

125 - COMO SE PREPARAR PARA VINDA DE JESUS?


“E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.

Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.

E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do homem, e não o vereis.

E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali.

Não vades, nem os sigais; porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.

Mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração.

E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem.

Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.

Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.

Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.

Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás.

Lembrai-vos da mulher de Ló.

Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á.

Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado.

Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada.

Dois estarão no campo; um será tomado, o outro será deixado.

E, respondendo, disseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias.” (Lucas 17.20-37)



O ensino sobre a vinda de Jesus não está na Escritura para ser assunto de especulação, mas de advertência.

Entre sua primeira e segunda vindas, devemos viver conforme sua vontade.


“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9.27-28)


Jesus está voltando. Maranata!

Vamos estar preparados para a volta Dele.


“Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias.

E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe.

Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!

Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.

E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.

Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa.

Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.

E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos?

E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?

Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.

Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.

Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.

E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado.

E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” (Lucas 12. 35-48).



COMPREENDENDO A NATUREZA DO REINO (Lc 17.20-21)



O reino de Deus é o domínio de Deus sobre os homens, e não um país ou território governado por Deus.

A vinda do reino representaria o tempo em que todos os homens poderiam reconhecer e terão de reconhecer o comando de Deus sobre suas vidas.

Quando virá o reino de Deus?

Talvez uma pergunta sincera.

Não há no texto, indicação que estivessem procurando um pretexto para acusar Jesus, e nem que a questão fosse um tipo de teste.

Muitos judeus esperavam que a resposta fosse materialista e/ou política. (Lc 17.20)

O reino não é visível, observável, diagnosticável, nos critérios deste mundo.

Não é um reino político-militar, nem é palpável.

Não é um reino obtido pela revolução ou por reformas sociais visíveis.

Não é um reino localizado em um povo, ideologia, pessoa ou estrutura.

Não é possível localizá-lo “aqui” ou “lá”.

“O reino de Deus esta dentro de vós” ou “O reino de Deus está entre vós”

As duas traduções são possíveis.

Não é necessário escolher apenas uma delas: parece que a ambigüidade da frase é deliberada, por parte de Jesus.

O reino de Deus “está dentro de vós” porque é espiritual.

O reino é a condição de submissão ao rei – Jesus.

Quem se submete, está no reino.

O reino de Deus “está no meio de vós” deles pois o Rei está entre eles.

Onde há rei, há reino.

Jesus, o rei, já estava dando os sinais da presença do reino.


“Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus.” (Lucas 11.20).



Embora o reino só comece claramente depois da morte de Jesus (no contexto veja v. 25 e também Lucas 9.27), ele já “irrompeu” entre os homens pela presença de Jesus.

O reino “já” chegou pois o Rei está aí e alguns já estão se submetendo.

Contudo, o reino “ainda não” chegou, pois o Rei Jesus ainda não foi exaltado na cruz e nos céus. (Lc 17.20-21)



NÃO SE ENGANE COM BONS SENTIMENTOS (Lc 17.22-24)



Os discípulos que viveram com Jesus, tiveram o privilégio de ter o reino “entre eles”, e seriam susceptíveis da tentação nostálgica de acreditar que ele estaria de volta entre eles, da mesma forma que esteve naqueles três anos.

“Que saudade dos dias que andávamos com Jesus!”

Os discípulos deveriam tomar cuidado, pois estes dias não voltariam nunca mais (“... e não o vereis”).

Quando Jesus voltar, não será para andar com homens pelos campos e vilas, mas para o fim deste mundo e para levar-nos à vida eterna.

Ver a consumação dos séculos ou de nossa vida, pela vinda de Jesus é um bom desejo Maranata! – Não devemos, porém, ficar frustrados, julgando que tudo parece adverso e demorado e cair em enganos motivados pelo desejo de ver Jesus (Lc 17.22).

Querendo ver a vinda de Jesus, é possível ser enganado por nossa própria expectativa e por charlatões.

Isto é uma das coisas que mais aconteceu na história da igreja de Deus.

Muitos já marcaram datas para a vinda de Jesus e outros ainda estão marcando.

Não é para acreditar, ir ou seguir. (Lc 17.23)

Não temos razão para nos enganar ou ser enganados

A vinda de Cristo é repentina e visível.

Ninguém vai “perder” este evento e nem precisar ser avisado sobre sua chegada.

É só aguardar e testemunhar. (Lc 17.24)


“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” (Apocalipse1. 7)




O SINAL JÁ SE CUMPRIU (Lc 17.25)



Os únicos sinais que restavam eram a morte de Jesus e a destruição daquela geração que o rejeitou (destruição de Jerusalém).

Como estas coisas já se cumpriram: Jesus morreu cerca do ano 30 AD e Jerusalém foi arrasada em 70 AD.

Tudo já se cumpriu: fique pronto para a volta de Jesus.

Não estamos esperando novos sinais ou novos acontecimentos.



NÃO SE DISTRAIA COM O MUNDO (Lc 17.26-30)



Os Exemplos do Dilúvio e da Destruição de Sodoma.

O povo estava cuidando da vida.

Tudo parecia normal.

Todos pensavam no futuro imediato.

Mas em ambos os casos houve um dia decisivo: o dia da entrada na arca e o dia da saída da cidade.

Depois deste dia, só restou destruição.

A Vinda de Jesus ocorrerá da mesma forma.

Vai pegar desprevenidos aqueles que ficam tão envolvidos com este mundo, mesmo que estejam fazendo coisas que não são necessariamente erradas.

Estas pessoas ficaram envolvidas com o presente ou com o futuro próximo e não se preparam para o futuro distante e eterno.

Deve nos incentivar a estar sempre prontos: “dentro da arca” e “saindo da cidade”.



NÃO SE ENVOLVA COM O MUNDO (Lc 17.31-36)



A Linguagem exige o desprendimento das coisas do mundo.

Não ficando preocupado com as coisas materiais: o exemplo da mulher de Ló é notável!


“E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.” (Gênesis 19.26)


Ela perdeu sua vida por preocupar-se com as coisas materiais e com o conforto que deixava para trás.

Não vivendo para si: devemos estar sempre vivendo para Deus e não para nós mesmos. (Lc1 7.31-33)

O desprendimento não é asceticismo.

Os cristãos ficam no mundo fazendo coisas como os outros.

Mas sua vida é completamente diferente, e na vinda de Jesus eles serão salvos e os outros condenados.

Este texto não fala de nenhum “arrebatamento secreto”, mas do simples fato que na vinda de Jesus seremos tirados do mundo para estar com ele para sempre, pois na verdade, nunca pertencemos a este mundo. (Lc 17.34-36)



QUANDO? (Lc 17.37)



A pergunta “Onde será isso, Senhor?”, busca a compreensão das circunstâncias, das condições para a realização da volta de Cristo.

Jesus responde: na hora certa, com as circunstâncias adequadas.

Assim como os abutres vem voando quando há um cadáver, assim o fim virá quando as circunstâncias forem certas.

A resposta de Jesus, na verdade, não responde. Não dá datas, não dá sinais, mas adverte:

PREPARE-SE!

A vinda de Jesus é o evento mais certo no futuro de nosso mundo.

Não adianta tentar prever ou antecipar a data, é necessário estar pronto para encontrar-se com Cristo a qualquer momento.



Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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domingo, 17 de outubro de 2010

124 - ANIQUILAMENTO, REENCARNAÇÃO, PURGAÇÃO OU RESSURREIÇÃO ? (Última parte)



A RESSURREIÇÃO


Dois longos textos fundamentam e esclarecem a doutrina da ressurreição dos mortos:


“Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis.

Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze.

Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.

Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.

E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo.

Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus.

Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.

Então, ou seja, eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido.

Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?

E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.

E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.

E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam.

Porque, se os mortos não ressuscitam também, Cristo não ressuscitou.

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.

E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.

Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.

Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.

Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.

Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.

Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.

Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.

Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.

E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?

Por que estamos nós também a toda a hora em perigo?

Eu protesto que cada dia morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus nosso Senhor.

Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam?

Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.

Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.

Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.

Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos?

E com que corpo virão?

Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.

E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente.

Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.

Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.

E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.

Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.

Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.

Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.

Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.

Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.

O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.

Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais.

E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.

E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;em um momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.

E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.

Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?

Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo.

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1Coríntios 15)


“Finalmente irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais.

Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus.

Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra;

Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.

Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o SENHOR é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.

Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.

Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.

Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros; porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia.

Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais.


E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1Tessalonicenses 4).


Quando tivermos passado pela ressurreição, não seremos do mesmo modo que somos atualmente, pois já não haverá mais distinções sexuais.


“Então os saduceus, que dizem que não há ressurreição, aproximaram-se dele, e perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, Moisés nos escreveu que, se morresse o irmão de alguém, e deixasse a mulher e não deixasse filhos, seu irmão tomasse a mulher dele, e suscitasse descendência a seu irmão.

Ora, havia sete irmãos, e o primeiro tomou a mulher, e morreu sem deixar descendência; e o segundo também a tomou e morreu, e nem este deixou descendência; e o terceiro da mesma maneira.

E tomaram-na os sete, sem, contudo, terem deixado descendência. Finalmente, depois de todos, morreu também a mulher.

Na ressurreição, pois, quando ressuscitarem, de qual destes será a mulher? Porque os sete a tiveram por mulher.

E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?
Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.

E, acerca dos mortos que houverem de ressuscitar, não tendes lido no livro de Moisés como Deus lhe falou na sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó?

Ora, Deus não é de mortos, mas sim, é Deus de vivos. Por isso vós errais muito.” (Marcos 12.18-27).


Deste dado bíblico, é possível inferir que teremos um corpo diferente do que temos agora.

Todos, bons e maus, serão ressurretos.


“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (João 5.28-29)



“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.

E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.

E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apocalipse 20. 11-15).




O DESTINO ETERNO DOS INJUSTOS



O Inferno, o destino dos que não aceitaram a salvação dada por Deus, é sempre descrito como eterno.

Desta forma, a idéia de uma ressurreição para depois ficar sob vergonha e horror eterno adapta-se perfeitamente ao relato bíblico.


“E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.” (Daniel 12.2).



As imagens de destruição associadas com o futuro dos incrédulos não falam de aniquilamento, mas de contínua e ininterrupta catástrofe (Este é o sentido de 2Tessalonicenses 1.9 etc.).


“Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder.”


O DESTINO ETERNO DOS JUSTOS


O Céu, como destino dos salvos, é sempre descrito como eterno.

As mesmas palavras com respeito ao tempo e duração são usadas para descrever a salvação e a condenação: ambas são eternas.

Para desfrutar de um estado eterno, existe a necessidade de uma transformação do corpo pela ressurreição.

A idéia de um estado bem-aventurado de “almas desencarnadas” nunca é ensinado no novo testamento como o destino final do povo de Deus.

A ressurreição significa que todo o indivíduo será resgatado e virá a viver com Deus.

As teorias que vimos nas postagens anteriores são muito populares.

A teoria do aniquilamento é popular, pois ajuda muitos a pensar que não há perigo além da morte: as únicas coisas a temer são as que levam à morte.

As outras duas teorias, tanto a da reencarnação como a do purgatório, são parte das chamadas “teorias da segunda chance”: se não deu certo nesta vida, depois terá outra chance certamente, muitos gostam de tais idéias.

Contudo apesar das teorias humanas serem agradáveis, não são verdadeiras.

O primeiro erro da humanidade foi acreditar que “É certo que não morrereis!”

Vamos tomar muito cuidado com o que é agradável ao ouvido, mas afastado da verdade.


Que Deus abençoe a todos



Autor: Álvaro César Pestana



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| 29/11/2008 |